Cientistas apontam fator determinante para câncer de pulmão que não possui relação com cigarro

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Um estudo recente das universidades da Flórida e do Kentucky identificou um novo fator de risco para o câncer de pulmão, independente do cigarro. Publicado na Nature, o estudo destaca a influência de dietas ricas em gorduras e carboidratos no risco de adenocarcinoma pulmonar. A pesquisa utilizou técnicas avançadas para identificar a relação entre o acúmulo de glicogênio e a progressão dos tumores.

O que é e onde ocorreu a pesquisa?

O glicogênio, uma macromolécula que armazena glicose, é apontado como combustível para o crescimento de células tumorais. Este processo foi observado em experimentos realizados com camundongos, onde dietas ricas em gorduras e glicose resultaram em crescimento mais rápido dos tumores. Essa relação sugere que a alimentação pode desempenhar um papel significativo no desenvolvimento do câncer de pulmão.

Impacto alimentício e prevenção

A descoberta levou a um debate sobre ampliar a prevenção do câncer de pulmão com base em dietas saudáveis. Tal como campanhas antitabagismo, políticas públicas de saúde poderiam focar na redução do consumo de alimentos com alto índice glicêmico. Isso inclui um foco em dietas que minimizem o acúmulo de glicogênio, potencialmente oferecendo novos caminhos para a prevenção da doença.

Enquanto os resultados são promissores, os cientistas enfatizam a necessidade de confirmar essas descobertas em estudos humanos. A pesquisa atual envolveu modelos pré-clínicos, o que requer análises complementares para validar os achados em humanos. O objetivo é compreender melhor como hábitos alimentares impactam o ambiente metabólico e a incidência de câncer.

A pesquisa publicada na Nature em 2023 é um passo inicial importante para entender a influência da dieta no câncer de pulmão. Futuros estudos podem levar a novas recomendações alimentares que complementem as medidas antitabagismo. Enquanto mais evidências não forem estabelecidas, a promoção de hábitos saudáveis permanece uma abordagem preventiva eficaz.

Fonte: De Fato