Startup lança primeiro sistema de suporte integral ao luto do Brasil

A startup Amparo, que existe para ajudar famílias em luto nos desafios operacionais, financeiros e emocionais após a perda de um ente querido, acaba de ser lançada oficialmente ao mercado para revelar o seu sistema de suporte integral para famílias enlutadas. A companhia é a primeira a utilizar a tecnologia para oferecer um sistema completo focado em todo o processo do luto, e atua para redesenhar a experiência relacionada ao tema para todos que lidam com famílias que passam por esta situação - como equipes de saúde, prestadores de serviço, empregadores, seguradoras e até o próprio governo.

O objetivo da Amparo é centralizar, automatizar e humanizar tudo relacionado ao fim da vida. O sistema é acessado através de um aplicativo mobile, que concentra tudo o que a família precisa saber e a infraestrutura de que ela precisará para lidar com a perda de um ente querido. A empresa entende que, embora este seja o processo mais doloroso, complexo e caro na vida de uma família, a enorme maioria das pessoas tem dificuldade de tratar do assunto e não conta com nenhum planejamento prévio.

O problema é particularmente difícil no Brasil. O volume de óbitos é um dos maiores do mundo - quase 1.5 milhão de pessoas faleceram no Brasil em 2023, segundo a ARPEN. Além disso, o óbito impacta a renda de muitas famílias, pois parte relevante dos domicílios (21%) são parcial ou totalmente sustentados por adultos com mais de 60 anos (que é o segmento com maior número de óbitos), de acordo com dados da IPEA. Dados do governo também mostram que as filas para acessar os benefícios do INSS ainda demoram mais de 47 dias em média e os processos judiciais demoram mais de 4 anos (INSS e CNJ, respectivamente). "É comum que as pessoas não saibam o que fazer, quem deveriam contratar, quanto custa cada etapa ou se o ente querido contratou alguma proteção financeira para o depois. Como
consequência, a burocracia e as despesas não programadas colocam as famílias em uma posição de fragilidade financeira, dificultando ainda mais o processo de luto. Ao mesmo tempo, muitas decisões possuem um aspecto emocional - tal como fazer o inventário, vender um imóvel da família ou repartir objetos pessoais - e muitas vezes o lado emocional prevalece sobre as decisões financeiras e operacionais após o óbito. O que já é difícil se torna ainda mais", afirma Matheus Drummond, fundador e CEO da Amparo.

O empreendedor, que já foi advogado do Pinheiro Neto, sempre se interessou por tecnologia e a sua aplicação ao direito. E, em 2021, vendo a aceleração da digitalização da indústria jurídica pela pandemia e os avanços da inteligência artificial na área de processamento de linguagem natural, decidiu se aprofundar em conhecimentos específicos na área e iniciou um mestrado na Universidade da Califórnia, Berkeley, com foco no uso da tecnologia para resolver problemas com um componente jurídico relevante. E a partir deste momento, o projeto da Amparo foi idealizado.

“Eu sabia que na tese de end-of-life havia uma dor visceral, um mercado grande e que eu,pelo meu histórico profissional, conseguiria enxergar soluções para essa área. Além disso, ao observar a oferta de produtos e serviços relacionados ao fim da vida, vi que os dados são escassos, há poucos players qualificados, e a indústria como um todo opera sem muito escrutínio dos serviços prestados a essas famílias. Mas, o que me deu a certeza de criar a Amparo foi quando uma pessoa na minha família, repentinamente, adoeceu e veio a falecer após uma dura estadia na UTI. Passamos por todos os processos, decisões, custos inesperados e estresse que vimos em tantas outras famílias. Ao passar pela situação na prática, vi que muito daquela dor seria evitável se os processos fossem mais bem estruturados e houvesse mais acolhimento por parte de todos, e, neste momento, não tive dúvidas de que a Amparo se tornaria também um propósito de vida", conta ainda o fundador e CEO.

O sistema de suporte da Amparo funciona como um verdadeiro companheiro digital para a família: mapeia todas as dores, tarefas, stakeholders, dados e prestadores de serviço
qualificados, envelopa essa inteligência e a entrega para a família dentro de um aplicativo mobile pensado para todas as necessidades que possam ocorrer dentro deste processo.
Logo ao abrir o aplicativo, o usuário preenche um breve questionário de onboarding para garantir que todas as soluções apresentadas pela Amparo sejam ideais para as suas necessidades. Com algoritmos que utilizam esses dados de forma inteligente e personalizada, a Amparo promove uma experiência de cuidado de ponta a ponta. A família recebe, de forma rápida e eficiente, um "Guia de cuidado" com tarefas detalhadas e os tópicos de suporte ao luto que dizem respeito à sua situação – ambos gratuitos. De forma prática, o
App apresenta ferramentas que ajudam a família a monitorar prazos importantes, mapear direitos e verbas, e contempla tópicos como assistência funeral, pensão por morte, seguro de vida, dentre outros.

Além disso, dentro do próprio aplicativo também é possível comprar passagens para o funeral com tarifas especiais de luto de até 80% de desconto. Quando o caso é de famílias que demandam alguma ajuda mais específica, é possível também acionar a Equipe de Amparo - o serviço de concierge que poderá orientar em maiores detalhes o que precisa ser feito, realizar a tarefa em nome da família ou até mesmo intermediar a prestação do serviço. Neste caso, a Amparo conecta o usuário a algum profissional da rede de amparo, isto é, da curadoria feita pela Amparo com base em padrões de excelência e cuidado.

“A Amparo existe para que a dor da perda não seja suprimida pela burocracia. Para que outros sofrimentos - operacionais e financeiros -, não se sobreponham ao luto. Para que,
diante da morte, possamos sentir e estar em comunidade. Para que possamos, como sociedade, nos apossarmos do nosso destino sem nos perdermos uns dos outros – ou de
nós mesmos. Nós funcionamos como uma extensão da família nesse momento tão delicado”, acrescenta o fundador Matheus Drummond.

Criada em 2023 e com sede em São Paulo, a Amparo teve a sua tese validada logo nos primeiros meses e recebeu a sua primeira rodada de investimento, no valor de R$ 5 milhões, liderada pelo fundo de venture capital Canary e acompanhado pelo QED, que possui diversas investidas em segmentos adjacentes noutras geografias, assim como de lideranças do setor, como o médico Lucas Freire de Andrade, CEO da Clínica Florence, maior hospital de transição do Nordeste. A startup também contou com investimento de investidores-anjo das indústrias de tecnologia, seguros, saúde e “terminalidade, morte e luto”. “O problema que a Amparo resolve é grande, intenso e extremamente relevante para a sociedade. Estamos felizes em viabilizar o desenvolvimento de uma solução que combina tecnologia, inovação e humanismo para resolver uma parcela da dor do luto”, destaca Izabel Gallera, sócia do Canary.

Com a capitalização da companhia, foi possível investir em um time executivo de peso. Entre as lideranças estão empreendedores e operadores experientes, com passagens por Stone, Nubank, Kavak. "Para dar certo, soube desde o início que precisaríamos de duas coisas: excelência, porque o problema é muito difícil; e alma. Por isso, também fiz questão de estruturar um time de pessoas que perderam pessoas. Gente que quer entregar para a sociedade a experiência que todos nós gostaríamos de ter recebido quando perdemos nossos entes queridos”, destaca o fundador.

A Amparo também tem se dedicado nos últimos meses a trabalhar junto a consumidores para aperfeiçoar a experiência de produto e validar a proposta de valor. Nesse período, a startup promoveu, a partir de compras de passagens aéreas com desconto emergencial, que famílias se reunissem em funerais, auxiliou famílias a elegerem estruturas previdenciárias eficientes; conectou famílias à psicólogos focados em luto e ajudou que famílias recebessem mais de R$310.000,00 em processos de regulação de sinistros e reembolso de despesas. Além disso, com a Amparo, foi possível que as famílias economizassem mais de R$3.000,00 e 10 horas de trabalho, nas primeiras 48 horas – tempo devolvido previsto para que possam elaborar o luto.

Fonte: Amparo

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