Agosto Branco: novas armas para prevenção e combate ao câncer de pulmão

O câncer de pulmão é o quarto tipo de tumor mais recorrente no Brasil. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 32.560 casos deverão ser diagnosticados em 2023, sendo 18.020 em homens e 14.540 em mulheres.

Cerca de 80% dos casos deste tipo de câncer são associados ao tabagismo. Os dados mais recentes do Ministério da Saúde, compilados em 2019 pela Pesquisa Nacional de Saúde, apontam que os fumantes com 18 anos ou mais representam 12,6% dos brasileiros.

O Inca estima que, entre 2026 a 2030, haverá uma queda de 28% na mortalidade prematura de homens de 30 a 69 anos por câncer de pulmão. A previsão é feita por meio de um cálculo matemático, que considera o número de mortes por tipo de câncer, sexo e faixa etária entre 2001 e 2015 registrados no Sistema Nacional de Informações de Mortalidade (SIM). Os pesquisadores relacionam a queda ao esforço do governo federal para reduzir o tabagismo.

O oncologista da Oncologia D'Or, Mauro Zukin, destaca o sucesso das campanhas antitabagistas do governo brasileiro, que hoje são um modelo para os sistemas de saúde de vários país. "No entanto, os jovens estão voltando a fumar", lamenta.

Diagnóstico precoce

Como 70% dos casos de câncer de pulmão só são identificados em estágios avançados, e vários países, incluindo o Brasil, têm feito o rastreamento para pacientes de risco. Essa medida é importante porque a doença não apresenta nenhum sintoma nas fases iniciais, como tosse e sangramento pelas vias respiratórias.

A Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos recomenda o rastreamento anual com tomografia computadorizada de baixa dose em indivíduos de alto risco, com idade entre 50 a 80 anos, fumantes ativo ou ex-fumantes há menos de 15 anos e com histórico de tabagismo de 20 maços/ano, ou seja, dois 2 maços por dia por dez anos.

Tratamento

Nos últimos anos, o arsenal terapêutico para tratar o tumor aumentou muito, como a imunoterapia, que estimula o sistema imunológico a combater as células cancerígenas. Na última edição do Congresso da Sociedade Americana de Oncologia ClÍnica (Asco, em inglês) foi apresentado um estudo mostrando que a aplicação de quimioterapia seguida de osimertinibe reduziu em 51% o risco de morte pela doença em pessoas com câncer de pulmão de não pequenas células, em estágios iniciais, com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico, o EGFR.

Mauro Zukin aposta ainda no desenvolvimento de terapias menos agressivas como os anticorpos monoclonais conjugados, que já são já são usadas para tratar câncer de mama metastático e linfomas de Hodgkin. "Eles são a nova fronteira do tratamento do câncer de pulmão", prevê.

Os anticorpos monoclonais conjugados transportam sustâncias quimioterápicas ou radiotivas. Tais como mísseis teleguiados, eles circulam pelo corpo até encontrar as células tumorais, à quais se ligam para liberar essas substâncias. Desta forma, o tratamento torna-se menos agressivo porque, ao contrário da quimioterapia e da radioterapia, não afeta as células saudáveis.

Fonte: Estado de Minas

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