Câncer de endométrio: fatores de risco, sinais e novos tratamentos

O Brasil deve registrar, em 2023, 7.840 casos de câncer de endométrio, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer). O número representa um crescimento de quase 20% sobre a estimativa anterior, de 2022. Por isso, precisamos falar mais sobre este tipo de tumor, evidenciar os sinais e fatores de risco e trazer as novidades em tratamentos.
 
O risco da doença aumenta em mulheres com mais de 50 anos, mas existem outros fatores como predisposição genética, excesso de gordura corporal, reposição hormonal e algumas síndromes, como do ovário policístico e de Lynch.
 
O sangramento vaginal fora do período menstrual é o sinal mais comum de câncer de endométrio. Sintomas como dor pélvica, presença de uma massa palpável na região abdominal e a diminuição do apetite, cansaço e palidez podem surgir mesmo na fase em que a doença ainda está localizada.
 
A cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia são os tratamentos comumente utilizados para esse tipo de tumor. Atualmente, novas drogas têm sido usadas, especialmente para a doença avançada, com bons resultados.
 
Novidades na estratégia para os tumores de endométrio metastáticos

Dois estudos publicados recentemente no jornal da Sociedade Americana de Ginecologia Oncológica avaliaram o papel da imunoterapia feita em conjunto com a quimioterapia para o cuidado do câncer de endométrio metastático ou recorrente.
 
A primeira pesquisa envolveu um total de 494 mulheres. Metade das pacientes avaliadas recebeu o tratamento com quimioterapia e a outra parte foi tratada com a combinação de quimio mais um novo imunoterápico chamado dostarlimab, que tem a função de retirar a defesa do tumor contra a atuação do sistema imune, permitindo que o organismo tenha um trabalho mais eficaz contra o câncer.
 
Neste estudo, o novo medicamento, quando combinado a quimioterapia, diminuiu o risco de progressão do tumor em 36%. Em termos de sobrevida, a droga foi responsável pela redução de morte também de 36%, quando comparada à quimioterapia isolada.
 
O mesmo periódico destacou outra pesquisa, também paciente com câncer de endométrio metastático ou recorrente, que comparou o uso de quimioterapia ou quimioterapia mais pembrolizumab, outra imunoterapia, que trabalha de modo importante e parecido com dostarlimab.
 
A pesquisa mostrou que a combinação de tratamentos reduziu o risco de progressão ou morte em 46%.
 
Estes são dois exemplos que mudam a prática clínica no câncer de endométrio metastático, colocando a quimioterapia combinada à imunoterapia com novo padrão-ouro para o tratamento destas mulheres. Os resultados promissores trazem boas perspectivas e mais qualidade de vida para estas pacientes.
 
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
 
Fonte: Forbes

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