Conheça a doença que afeta 50% dos homens acima de 50 anos

Amanhã (15) comemora-se o Dia do Homem, data que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a saúde física e mental masculina. Características vistas como comuns do envelhecimento podem, na verdade, indicar problemas na próstata com os quais o homem não deve se acostumar e se adaptar. Uma das doenças mais comuns entre eles é a hiperplasia prostática benigna (HPB), acomete cerca de 50% dos indivíduos acima de 50 anos - essa prevalência aumenta com a idade, podendo chegar a 80% nos homens entre 70 e 80 anos.

Essa condição tem como característica principal o aumento da próstata e pode gerar reflexos no aparelho urinário como dificuldade para urinar, retenção urinária e até mesmo falência renal. O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Alfredo Felix Canalini, alerta para que qualquer problema urinário deve ser avaliado. "Por meio de diferentes campanhas, explicamos a importância do cuidado com a saúde do homem como um todo. Ao chegar à adolescência e posteriormente à fase adulta, o homem em geral só procura o médico quando nota algum sintoma diferente. Temos percebido uma lenta melhora desse cenário, mas precisamos avançar mais", informa. 

De acordo com dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) do Ministério da Saúde, no ano passado, foram mais de 22 milhões de atendimentos no SUS devido a HPB no país, um número 20% maior que em 2019, ano anterior à pandemia. "Esses dados podem ainda refletir uma demanda reprimida por ocasião da pandemia ou, mesmo, o agravamento do quadro em função do retardo no diagnóstico e tratamento que ocorreu durante o período", analisa Karin Jaeger Anzolch, diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). 

Entretanto, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a HPB não tem relação com o câncer de próstata. "No exame do toque retal, quando há câncer, o médico consegue detectar a presença de nódulos endurecidos na próstata e, na hiperplasia, é possível constatar o aumento desse órgão, porém sem nódulos endurecidos", enfatiza Canalini.

Sintomas
Entre os sintomas mais comuns da hiperplasia prostática benigna estão:

  • Esforço para urinar
  • Urgência em urinar
  • Dificuldade para iniciar a micção
  • Jato urinário fraco, fino ou intermitente
  • Gotejamento de urina no final da micção
  • Aumento da frequência urinária diurna e/ou noturna
  • Incapacidade para esvaziar completamente a bexiga:  mesmo que a pessoa esteja urinando, parte da urina pode ficar retida na bexiga, acarretando infecções urinárias e cálculos na bexiga e, em casos mais graves, danos aos rins e até insuficiência renal com necessidade de diálise
  • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga: Havendo retenção urinária, a colocação de uma sonda ( cateterismo vesical) pela uretra pode ser necessária para que a urina seja eliminada

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da doeça é realizado por meio de exames como toque retal, PSA (Antígeno Prostático Específico) e ultrassonografia.

Muitos homens que sofrem com os sintomas da HPB acabam estabelecendo rotinas para conviver com o problema e não procuram tratamento. "É comum atendermos homens que subestimam a importância ou o incômodo dos seus sintomas, adaptando-se às circunstâncias através de medidas que não somente não ajudam, como podem, inclusive, serem maléficas. “É importante dizer que HPB tem tratamento e que, quanto antes for realizado, menos complexo é e melhores serão os resultados", ressalta Karin.

O tratamento visa a atuar sobre os sintomas e evitar a piora da obstrução. Atualmente entre as opções de tratamento há medicamentos para relaxar e diminuir o tamanho da glândula (não oferecidos pelo SUS) e cirurgias (quando os medicamentos não surtem efeito).

Conheça alguns tratamentos: 

  • Ressecção Transuretral da Próstata (RTU) – é a técnica mais comum, na qual é removida parte da próstata por meio de raspagem com aparelhos especiais introduzidos pela uretra.
  • Cirurgia aberta (prostatectomia aberta) – é realizada através de um corte na parte baixa da barriga. É indicada quando a próstata está muito grande e não pode ser removida adequadamente pela raspagem, por exemplo. 
  • Laparoscopia – realizada por meio de pequenas incisões no abdômen e a introdução de aparelhos dentro do abdômen que vão ajudar a remover a parte crescida da próstata.
  • Enucleação Endoscópica Prostática – utilizando algum tipo de laser (como o Holmium e o Tulium) ou outra fonte de energia (como o cautério bipolar), essa técnica minimamente invasiva remove toda a parte central da próstata junto à cápsula, sem cortes, e é realizada via uretral. 

Fonte: Estado de Minas

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