Autorizados em 2021, remédios para câncer de mama avançado ainda não têm previsão para chegar ao SUS

O Ministério da Saúde ainda não sabe dizer quando irá ofertar no Sistema Único de Saúde (SUS) novos medicamentos para o tratamento do câncer de mama avançado, aprovados para uso no país em 2021. A incorporação está atrasada há dez meses.

Os inibidores de ciclina receberam aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foram autorizados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) em dezembro de 2021. Após a autorização, o governo recebeu seis meses para concluir o processo e fornecer gratuitamente os produtos no SUS. O prazo venceu em junho de 2022 e aguarda retomada.

Ao Globo, o Ministério da Saúde afirma ter iniciado um novo procedimento de incorporação dos remédios que envolve a criação de novas etapas antes de chegar ao SUS. A pasta não soube dizer quanto tempo o processo irá durar e quando os fármacos estarão disponíveis.

“O Ministério da Saúde informa que a atual gestão da pasta já deu início ao processo de incorporação dos medicamentos abemaciclibe, palbociclibe e succinato de ribociclibe para tratamento de câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). Esse processo envolve a criação de novos procedimentos e atualização da Diretriz Diagnóstica e Terapêutica do câncer de mama para garantir a qualidade da assistência em todo o país”, informou a Saúde em nota.

Dos 13 tratamentos de câncer recomendados pela Conitec desde sua criação, em 2011, apenas dois estão disponíveis totalmente no SUS.

O câncer de mama é o segundo tumor maligno mais incidente no Brasil, depois do de pele não melanoma, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Ele também é o que mais acomete mulheres em todo o mundo e ocupa o primeiro lugar em mortalidade. O Inca estima que cerca de 73 mil mulheres irão receber o diagnóstico de câncer de mama neste ano.

Os inibidores de ciclina [abemaciclibe, palbociclibe e succinato de ribociclibe] estão nas clínicas particulares desde a aprovação da Conitec. Um estudo de 2019 feito nos Estados Unidos mostrou que eles são capazes de melhorar drasticamente as taxas de sobrevivência de mulheres jovens com o tipo mais comum de câncer de mama.

Segundo a pesquisa, 70% das mulheres que tomaram a medicação junto ao tratamento tradicional ainda estavam vivas três anos e meio depois. Em comparação, somente 46% daquelas que fizeram apenas o tratamento padrão sobreviveram.

O tratamento comum para o tumor envolve terapias que bloqueiam a produção de estrogênio, hormônio que alimenta células cancerígenas em várias formas da doença. Os inibidores de ciclina são menos tóxicos porque atacam de forma mais seletiva as células doentes, impedindo a multiplicação.

Fonte: Folha de Pernambuco

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