Obesidade e câncer, como desfazer esta ligação perigosa

Daqui a 20 anos, quase metade dos adultos brasileiros serão obesos, enquanto outros 27% estarão com sobrepeso, segundo dados de um estudo apresentado por pesquisadores da Fiocruz e da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Isso equivale a cerca de 130 milhões de pessoas acima do peso até 2044. 

Na última semana, o Ministério da Saúde divulgou a atualização do painel sobre obesidade, com dados do Sistema de Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) até 2023, mostrando que 61,4% da população das capitais brasileiras está acima do peso.

Esses números evidenciam a urgência de enfrentar o problema como uma questão de saúde pública.

A Medicina já reconhece que a obesidade requer uma abordagem multidisciplinar. É fundamental quebrar estigmas e debater o tema abertamente. Mais do que uma questão estética, trata-se de um problema que demanda políticas públicas robustas voltadas à prevenção e ao tratamento.

Pelo menos 13 tipos de câncer, como os de mama, intestino, fígado, ovário e próstata, estão associados à obesidade. Além disso, ela é um fator de risco para várias outras doenças crônicas, incluindo problemas cardiovasculares, metabólicos, neurológicos e psiquiátricos. Indivíduos obesos enfrentam maior probabilidade de desenvolver câncer devido a fatores como inflamação crônica, altos níveis de insulina e alterações hormonais. Hoje, consideramos a obesidade como um fator de risco para câncer tão relevante quanto o tabagismo. 

De maneira alarmante, a combinação entre obesidade, dietas pouco saudáveis (ricas em açúcar, alimentos ultraprocessados e artificiais) e sedentarismo, somada ao tabagismo, configura uma das principais causas de câncer no Brasil e no mundo. Isso reforça a necessidade de intervenções urgentes e eficazes desde a infância. Promover hábitos saudáveis, como o consumo de alimentos frescos, evitar bebidas açucaradas e incentivar a prática regular de atividade física, é fundamental.

E, mais uma vez, a criação de políticas públicas para abordar o tema é essencial. Protocolos bem estabelecidos para tratar a obesidade, programas de educação nas escolas sobre hábitos saudáveis, iniciativas nacionais para incentivar a prática de atividade física e a super taxação de alimentos potencialmente cancerígenos são ações prioritárias para enfrentar o problema.

Nesse cenário, a Reforma Tributária pode ser uma aliada no combate à obesidade, além do câncer e outras doenças crônicas, ao implementar impostos diferenciados para produtos nocivos à saúde, como bebidas açucaradas e comidas ultraprocessadas. Por outro lado, isenções para produtos mais saudáveis poderiam estimular dietas protetoras.

Essa medida não só desestimula o consumo de itens prejudiciais, mas também cria recursos que podem ser investidos em programas de educação alimentar, campanhas de conscientização e infraestrutura para a prática de atividades físicas e ações efetivas para promover a saúde e reduzir os índices de obesidade no país.

Fonte: Poder 360

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