Câncer renal: conheça os riscos de uma doença silenciosa

Obesidade, hipertensão e tabagismo são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer nos rins. A doença costuma ser silenciosa ou apresentar sinais inespecíficos.

O câncer renal está entre os 13 tumores mais prevalentes no mundo. No Brasil, ele representa 2% dentre todos os tipos de tumores malignos, desconsiderando o de pele não melanoma.

Apesar de não ser tão comum, é considerado o tipo urológico mais letal. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 3,6 mil pessoas morreram ao ano com a doença, entre 2017 a 2021.

O público atingido é formado principalmente por homens acima de 50 anos. A conscientização sobre a doença foi o assunto de um painel realizado pela farmacêutica Ipsen no dia 20 de julho, em São Paulo.

Sintomas e tipos de câncer renal
Quando presentes, os principais sintomas são: sangue na urina, dores lombares concentradas em um dos lados, fadiga, perda de peso, febre, inchaço nos tornozelos e pernas, e caroços na lateral ou parte inferior das costas.

“Há tumores de rim que crescem devagar, outros mais rápido. Eles costumam dar sintomas quando já estão em fase avançada, em que o tratamento é mais complexo”, afirma o oncologista Denis Jardim, líder nacional de Tumores Genito-Urinários do Grupo Oncoclínicas.

Diferentes tipos de câncer podem atingir o rim, sendo o principal chamado de carcinoma renal de células claras (CRCC). No Brasil, 75% dos diagnósticos da doença correspondem a essa classificação, de acordo com o Ministério da Saúde.

Diagnóstico
A suspeita de câncer renal pode ser investigada pelo médico urologista, que atende homens e mulheres.

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Roni de Carvalho Fernandes, afirma que pessoas com obesidade, fumantes e histórico da doença na família são indicadas a fazer exames de triagem mesmo que não apresentem queixas relacionadas ao rim.

Isso porque casos assintomáticos geralmente ainda estão localizados, momento em que as chances de sucesso do tratamento são maiores.

Os testes incluem exames de sangue e de urina, que podem revelar problemas no funcionamento do órgão.

Já os exames de imagem, como ultrassom, radiografia de tórax e tomografia, permitem visualizar as estruturas dos rins e a possibilidade de espalhamento da doença.

A confirmação costuma ser feita com a biópsia, que consiste na retirada de fragmentos de tecidos para análise laboratorial.

Prevenção
As principais medidas para evitar esse tipo de câncer são não fumar, manter-se fisicamente ativo, ter uma alimentação saudável e ingerir água regularmente.

O problema é que é difícil mudar o estilo de vida. Afinal, maus hábitos como o cigarro ou comer alimentos gordurosos trazem aquela satisfação imediata.

“Nesse contexto, entram as campanhas de repetição, de mostrar que é possível ter alívio e prazer com bons alimentos e manutenção de peso, que a atividade física traz um alívio emocional e melhora o sono”, diz Jardim.

Tratamento: quanto antes, melhor
Jardim afirma que o tratamento de pacientes diagnosticados tardiamente é mais complexo, custoso e com menor chances de cura.

No entanto, o avanço científico também aumentou as opções terapêuticas disponíveis.

Nesse sentido, as terapias são definidas de maneira individualizada, de acordo com a extensão do tumor e condição de saúde.

Em geral, a abordagem inclui uma cirurgia inicial para remover a parte do órgão afetada.

Indivíduos com sinais de espalhamento da doença para outros órgãos podem se beneficiar da imunoterapia, que estimula o sistema imunológico a combater o tumor, ou da radioterapia.

Importância de parar de fumar
Estima-se que 15 a 20% dos pacientes sejam fumantes ativos no momento da detecção. Deixar o hábito após o diagnóstico melhora significativamente a sobrevida e reduz o risco de progressão da doença.

As evidências são de um estudo russo que incluiu mais de 200 fumantes diagnosticados com a doença. Os achados foram publicados no Journal of Clinical Oncology.

Os voluntários foram acompanhados anualmente por uma média de 8 anos. Nesse período, foram registradas quaisquer mudanças no hábito de fumar e no estado da doença.

Cerca de 40% dos participantes cessaram o tabagismo, principalmente nos primeiros três meses após o diagnóstico e não voltaram a fumar até o final do tempo de acompanhamento.

Os pesquisadores observaram que quem parou de fumar viveu significativamente mais tempo e teve menores riscos de progressão da doença.

De acordo com o estudo, o efeito benéfico da interrupção do tabagismo na sobrevida se mostrou evidente em todos os subgrupos de pacientes, incluindo aqueles com tumores em estágio inicial e avançado, e nas diferentes quantidades de cigarro consumidas.

Fonte: Veja Saúde

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