Brasil gasta R$ 125 bilhões por ano para combater doenças ligadas ao fumo

O Brasil gasta aproximadamente R$ 125 bilhões por ano para combater  doenças relacionadas ao uso de produtos derivados do tabaco, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Os valores são assustadores, apenas de custos médicos diretos, o país gasta R$ 50,2 bilhões, que equivale a 7,8% de todo o gasto com saúde no país. Outros R$ 42,4 bilhões são gastos em custos indiretos decorrentes da perda de produtividade devido à morte prematura e incapacidade. E R$ 32,4 bilhões em custos de cuidados de familiares e pessoas próximas.

O valor contabiliza custos diretos e indiretos que o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta contra aproximadamente 50 enfermidades, dentre as quais vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório e doenças cardiovasculares.

Há ainda outras doenças relacionadas ao tabagismo: úlcera do aparelho digestivo; osteoporose; catarata; patologias buco-dentais; impotência sexual no homem e infertilidade na mulher; menopausa precoce; complicações na gravidez.

Essas doenças podem ser provocadas pelo tabagismo ativo, mas também pela exposição passiva à fumaça do tabaco, segundo o Ministério da Saúde.

Somente em 2023, o Inca já registrou mais de 32 mil casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão. Os cânceres de pulmão e o consumo de tabaco estão relacionados em mais de 80% dos casos, estima o instituto.

Em 2020, o instituto aponta que o tabagismo foi responsável por 161.853 mortes (443 mortes por dia ou 13% do total das mortes que ocorrem no país por ano). No mesmo ano foram registrados, em decorrência do fumo:

  • 953 novos casos de doenças cardíacas;
  • 729 novos casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC);
  • 737 Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC);
  • 261 novos diagnósticos de outros cânceres;
  • 126 novos diagnósticos de câncer de pulmão.

O tabagismo é uma doença crônica causada pela dependência à nicotina, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, está inserido no grupo de “transtornos mentais, comportamentais ou do neurodesenvolvimento” da Classificação Internacional de Doenças (CID11). Ele também é considerado a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo.

A importação, propaganda e venda de cigarros eletrônicos no Brasil são proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A restrição começou em 2009, mas a comercialização ocorre de forma ilegal nas ruas de todo o país e no e-commerce.

Também chamados de “vape”, os cigarros eletrônicos entram no cotidiano de muitas pessoas com a justificativa de que ajudariam a acabar com o vício no cigarro tradicional ou reduzi-lo, o que não se provou verdade.

“O cigarro eletrônico surgiu para controle de danos em grupos de fumantes, mas sem nenhum dado científico para comprovar isso. Muitos fumantes migraram do cigarro tradicional para o vape, mas continuaram fumando”, relata André Raposo, médico-cirurgião de cabeça e pescoço.

Além disso, ele afirma que os vapes representam perigo no aumento de consumo de tabaco por jovens, já que o modismo e a tecnologia acabam atraindo esse público.

A Organização das Nações Unidas (ONU) desenvolveu uma série de objetivos ambiciosos no ano de 2015 por meio de um “Pacto Global”, que envolve os seus 193 países membros.O Brasil está entre os países que se comprometeram a alcançar os objetivos. Ao todo, o projeto da ONU contempla 17 ODS, ou seja, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A temática apresentada está relacionada ao ODS 3  que fala sobre assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.

Fonte: Observatório do Terceiro Setor

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