Asco 2024: Novo Estudo Revela Tratamento Mais Eficaz para Câncer de Esôfago Avançado

A ASCO (Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica), maior congresso de oncologia do mundo, que acontece em Chicago, nos Estados Unidos, trouxe estudos importantes na área de tumores gastrointestinais e que devem impactar mudanças nas práticas clínicas em todo o mundo.

Entre eles, Alexandre Jácome, líder nacional de especialidade tumores gastrointestinais da Oncoclínicas, destaca o ESOPEC, apresentado na sessão plenária, que compara quimioterapia e radioterapia versus quimioterapia isolada nos pacientes com câncer de esôfago, um tipo considerado raro, que afeta o tubo que vai da garganta ao estômago.

“A doença é assintomática em estágios iniciais e pode crescer rapidamente, invadindo outras camadas do órgão ou mesmo outros órgãos ao redor.  Esse estudo clínico de fase III comparou duas estratégias de tratamento para adenocarcinoma esofágico localmente avançado, passível de cirurgia: o protocolo CROSS, que envolve quimiorradioterapia antes da cirurgia, e o protocolo FLOT, que inclui quimioterapia antes e depois da cirurgia”, explica o oncologista.

A pesquisa contou com 438 participantes, com idade média de 63 anos, sendo 89% homens. Entre eles, 403 iniciaram algum tipo de tratamento e 371 foram submetidos à cirurgia (191 no grupo FLOT e 180 no grupo CROSS). A sobrevida global mediana foi de 66 meses no grupo FLOT e 37 meses no grupo CROSS. Após três anos, os participantes que receberam o tratamento FLOT apresentaram um risco 30% menor de morte em comparação com aqueles que receberam o tratamento CROSS. As taxas de sobrevida global em três anos foram de 57% para o grupo FLOT e 51% para o grupo CROSS.

Dos 359 participantes com status de regressão tumoral conhecido, 35 no grupo FLOT e 24 no grupo CROSS alcançaram resposta patológica completa. "O protocolo CROSS ainda é amplamente utilizado nos Estados Unidos e na Europa. Nosso estudo mostra que pacientes com câncer de esôfago ressecável devem receber quimioterapia FLOT antes e depois da cirurgia para otimizar a chance de cura a longo prazo", afirmou o autor principal do estudo, Jens Hoeppner, da Universidade de Bielefeld (Alemanha).

Os pesquisadores pretendem ainda investigar se a cirurgia pode ser evitada em pacientes que apresentem resposta patológica completa ao tratamento com os protocolos FLOT ou CROSS e que não mostrem crescimento tumoral durante a vigilância ativa. “O resultado apresentado na ASCO preenche uma lacuna na literatura da oncologia gastrointestinal e tem o potencial, portanto, de modificar a prática clínica”, sintetiza Alexandre Jácome.

No mundo, a neoplasia de esôfago é a oitava mais frequente. No Brasil, sem considerar os tumores de pele não melanoma, ela é 13ª mais comum - de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 10.990 novos casos, sendo 8.200 em homens e 2.790 em mulheres, para este ano.

Oncoclínicas na ASCO 2024

Assim como em outros anos, a Oncoclínicas&Co, um dos maiores grupos especializados no tratamento do câncer da América Latina, é destaque na ASCO 2024 com 37 participações. A presença brasileira conta com apresentação oral e em pôsteres, e também em sessões como painelistas e debatedores.

“A pesquisa clínica e a educação são instrumentos essenciais para tornar a saúde acessível a todos, independentemente dos limites territoriais. A Oncoclínicas vem avançando a passos largos para, de fato, contribuir nessa equação. Nesta edição da ASCO, contaremos com uma delegação de mais de 100 especialistas, que compartilharão conhecimento com a comunidade oncológica mundial na busca pelas melhores alternativas de cuidado para vencer o câncer”, afirma Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas&Co.

Além disso, pela primeira vez a companhia contará com um stand na área de expositores do evento, um espaço dedicado a compartilhar avanços científicos e promover a interação direta com principais tomadores de decisão e influenciadores do setor. “O fortalecimento da nossa presença na ASCO 2024 é mais um passo que possibilita a formação de parcerias que podem acelerar o desenvolvimento e a implementação de novas frentes de combate à doença, beneficiando amplamente os nossos pacientes”, finaliza.

Fonte: Oncoclínicas

Este conteúdo ajudou você?

Avaliação do Portal

1. O conteúdo que acaba de ler esclareceu suas dúvidas?
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
2. De 1 a 5, qual a sua nota para o portal?
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
3. Com a relação a nossa linguagem:
Péssimo O conteúdo ficou muito abaixo das minhas expectativas. Ruim Ainda fiquei com algumas dúvidas. Neutro Não fiquei satisfeito e nem insatisfeito. Bom O conteúdo esclareceu minhas dúvidas. Excelente O conteúdo superou todas as minhas expectativas.
4. Como você encontrou o nosso portal?
5. Ter o conteúdo da página com áudio ajudou você?
Esse site é protegido pelo reCAPTCHA e a política de privacidade e os termos de serviço do Google podem ser aplicados.
Multimídia

Acesse a galeria do TV Oncoguia e Biblioteca

Folhetos

Diferentes materiais educativos para download

Doações

Faça você também parte desta batalha

Cadastro

Mantenha-se conectado ao nosso trabalho