Crianças que tiveram câncer não recebem o acompanhamento devido quando crescem

Fonte: Canva

Com prognósticos melhores para a doença, crianças e adolescentes com câncer têm mais chances de cura – nos países ricos, a taxa de sobrevivência acima de cinco anos supera a marca de 80%, enquanto, no Brasil, fica em 65%. A questão é que esses jovens pacientes acabam não sendo devidamente monitorados ao longo dos anos, apesar de apresentarem um risco maior de desenvolver complicações na vida adulta como consequência dos efeitos adversos do tratamento.

De acordo com estudo publicado pela revista científica da Associação Médica Canadense, realizado com mais de 3 mil crianças e adolescentes sobreviventes, 99% tinham risco aumento para cardiomiopatia; 10% para câncer colorretal; e 7% para câncer de mama. No entanto, apenas 53%, 13% e 6%, respectivamente, faziam o acompanhamento recomendado.

Os pesquisadores acreditam que ainda há muita falta de informação sobre o impacto negativo, a longo prazo, das drogas utilizadas no combate à doença, apesar das diretrizes que preconizam exames periódicos para verificar os efeitos colaterais. “É uma situação que poderia ser evitada”, afirmou a cientista e epidemiologista Jennifer Shuldiner, coautora do trabalho.

Os 3.241 pacientes avaliados haviam sido diagnosticados com câncer entre 1984 e 2014. Desse total, 87% tinham risco aumentado para pelo menos uma enfermidade (cardiomiopatia, câncer de mama ou colorretal). Meninas e jovens que se submetem a radioterapia têm risco semelhante ao de mulheres com a mutação BRCA 1, associada ao agressivo tumor de mama triplo negativo. Já a chance de câncer colorretal é de duas a três vezes maior do que a encontrada no restante da população.

Anualmente, cerca de 300 mil jovens pacientes, entre zero e 19 anos, são diagnosticados com câncer, sendo que os tipos mais comuns são leucemias, linfomas e tumores do sistema nervoso central. As complicações decorrentes do tratamento não se limitam a danos ao organismo. A experiência é traumatizante em todas as faixas etárias, mas estudos têm indicado como o impacto é especialmente duro para os jovens. Coluna que escrevi em 2023 mostra que crianças e adolescentes que superam o câncer são mais suscetíveis de desenvolver distúrbios psicológicos.

Fonte: g1

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