Vacina e informação são ferramentas essenciais para erradicar câncer de colo de útero no Brasil

A prevenção contra o vírus HPV e o câncer de colo de útero –terceira maior causa de morte de mulheres no Brasil– acaba de ganhar um grande reforço: uma vacina nonavalente, que chegou há dois meses no país e aumenta de 70% para 90% a proteção contra o vírus HPV, em comparação com a imunização oferecida pelo SUS.

Trata-se de um vírus silencioso, que muitas vezes não causa sintomas, mas que pode levar especialmente ao câncer de colo de útero, mas também de outros cânceres importantes, como de vulva, de vagina e de ânus –consequências que, muitas vezes, só são percebidos cerca de 15 anos depois da contaminação, explica Marcia Datz Abadi, diretora médica da MSD Brasil.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 17 mil mulheres são diagnosticadas com a doença todos os anos no Brasil, e 6.500 morrem em decorrência dela.

O assunto foi amplamente discutido na 9ª edição do Power Trip Summit, encontro de líderes mulheres brasileiras promovido por Marie Claire, pela diretora médica da MSD Brasil Marcia Datz Abadi, pela paciente oncológica Fernanda Muller de Paula e pela empresária e influenciadora Shantal Verdelho, em conversa mediada por Daniela Tófoli, diretora do grupo de Femininas e Interesses Especiais da Editora Globo.

Na ocasião, Fernanda contou que foi diagnosticada com o vírus HPV em 2017, durante exames ginecológicos de rotina, e com câncer de colo de útero dois anos depois, quando começou a sentir cólicas muito fortes fora do período menstrual. “Quando me vi nessa situação, não tinha informação nenhuma sobre o vírus. Informação é o ponto principal. Tem muita gente morrendo por uma doença que tem vacina”, lamenta.

A nova vacina está disponível na rede privada para homens e mulheres de 9 a 45 anos – em duas doses para pacientes de 9 a 14 anos e em três doses a partir dos 15. Quem já tomou a vacina disponível pelo SUS pode tomar a nova vacina após 12 meses.

“As únicas formas de prevenir são a imunização e os exames ginecológicos periódicos, como o papanicolau, para obter o diagnóstico precoce”, explica Márcia. “O preservativo é importante, mas não é suficiente, porque o HPV pode ser transmitido em diferentes formas de contato, como oral e anal, não apenas vaginal. E nem sempre as pessoas usam camisinha em todas essas práticas. A melhor prevenção é, sem dúvidas, a vacinação”.

A médica chama atenção, ainda, para como a desigualdade social se reflete nos dados de câncer de colo de útero no Brasil: segundo ela, enquanto essa é a terceira maior causa de morte de mulheres em todo o país, em alguns lugares das regiões Norte e Nordeste chega a ser a primeira causa. Além disso, o número de diagnósticos aumenta 27% entre as mulheres negras e 87% entre as indígenas.

"É uma doença prevenível. E nós vamos erradicá-la. Mas, para isso, é fundamental aumentar a cobertura vacinal”, reforça.

Fonte: Marie Claire

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