Pacientes com câncer de mama avançado têm série de benefícios ao adotar exercício físico, mostra estudo

Um novo estudo coordenado por pesquisadores do Centro Médico de Utrecht, na Holanda, demonstrou que pacientes com câncer de mama metastático — aquele cujo avanço inclui o aparecimento de tumores em outras partes do corpo — podem ter grande benefício ao apostar em exercícios físicos com recorrência. A análise foi publicada recentemente no periódicoNature Medicine e demonstrou que manter o corpo ativo tem influência positiva em aspectos físicos e mentais.
O estudo levou em consideração o quadro de 357 pacientes com câncer de mama metastático em oito centros de estudo espalhados pela Europa, além de um único na Austrália. O total de participantes foi dividido em dois grupos, uma parte manteria a rotina usual e a outra estaria envolvida numa seleção de exercícios supervisionados. Em geral, quem fez exercícios teve melhores resultados em um questionário que avaliava o estado de fadiga corporal e psicológica.
O estudo contou com pessoas de faixa etária semelhante — algo próximo aos 55 anos — e a grande maioria (99,4%), como era de se esperar pela natureza do tumor, era de pacientes mulheres. Uma parte importante do grupo que compôs os estudos tinha metástase óssea (67,2%), mas nenhum dos pacientes que se fraturou no estudo (foram apenas dois casos) enquadram-se nesse diagnóstico de fragilidade no esqueleto.
Além de ser um bálsamo para a fadiga, o atual estudo ofereceu o indicativo de que manter o exercício físico de maneira prolongada também foi útil para atenuar os quadros de dores física e dispneia — a falta de ar que pode ocorrer quando há esforço físico, ansiedade ou nervosismo.
Uma das professoras envolvidas no estudo, Anne Mey, especializada em epidemiologia clínica da sobrevivência ao câncer, explicou que a análise mudou também a forma que os próprios pacientes encaravam o exercício. "Durante o projeto, distribuímos questionários perguntando aos homens e mulheres: 'qual é a barreira para você se exercitar?' Alguns participantes disseram que tinham medo de que o exercício aumentasse sua dor. Agora, sabemos que o exercício pode, na verdade, reduzir a dor”, explica. “E, em termos de fadiga, descobriu-se que os participantes se sentiam realmente melhor após participarem do treino”.
— O resultado é muito interessante, justamente por esse aspecto que demonstra a redução na fadiga das pacientes que fizeram a atividade — diz Andreia Melo, chefe da divisão de pesquisa clínica e desenvolvimento tecnológico do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e oncologista do Grupo Oncoclínicas. — Em alguns casos, será preciso adaptar a intensidade e tipo do exercício, mas para vários tipos de tumores, tratamentos e condições oncológicas, há literatura vasta que demonstra o aumento de qualidade de vida. Vale dizer que, ao selecionar um exercício, levamos em consideração do gosto do paciente, se ele gosta de esportes coletivos, ginástica, natação, outros gostam de academia. Tudo isso é conversado no consultório para chegar no consenso. Não existe fórmula única para todos.
Outra análise do mesmo consórcio de estudo, realizada por pesquisadores de Genova, na Itália, chegou a sugerir ainda que a inclusão de atividade física por pacientes com câncer de mama também se mostrou positivo para melhorar também a vida sexual das pacientes.
Como são os exercícios
Na análise, os pesquisadores mesclam exercícios de estabilidade, como ficar em pé por cinco minutos em uma almofada de equilíbrio, com uma série de atividades aeróbicas (essas por cinco minutos). Entre a seleção dos aeróbicos há intervalo entre baixa e alta intensidade. Os pesquisadores não determinam, em específico, qual atividade aeróbica os pacientes deveriam fazer, mas em geral são considerados como exercícios do tipo a caminhada, subir escadas, ou ciclismo. As variações de intensidade são alternadas por três minutos de aquecimento e três minutos de desaceleração, ao fim da carga de atividades.
Por fim, o estudo ainda contava com treinos de força, organizados em três sessões de dez a 12 repetições cada. O grupo muscular trabalhado em cada treino era variável, mas os exercícios descritos pelos pesquisadores são: leg press (que trabalha partes dos glúteos e coxas), leg curl (parte posterior da coxa), leg extension (quadríceps), chest press (ou supino, que fortalece o peitoral), seated row (a remada, para os músculos do ombro e das costas) e, por fim, lat pulldown, (focado na região dorsal).
Além disso, os pacientes eram orientados a manter-se ativos, por ao menos 30 minutos, em todos os dias da semana. A tabela de exercícios indicadas pelo estudo era um pouco mais extensa, chegando a uma hora de duração.
As atividades mais “intensas”, eram praticadas duas vezes na semana, apenas. Ou seja, não é preciso ir à academia todos os dias para ter os benefícios descritos no estudo.
Os pesquisadores ainda explicaram que, no caso de metástase, os exercícios de força não eram realizados nas áreas onde o esqueleto poderia estar fragilizado pela doença.
— O exercício é fundamental para manter a força muscular, manter o condicionamento físico, a massa e a força dos músculos — Henrique Braga, coordenador da unidade Barra da Tijuca da Dasa Oncologia. — Primeiro de tudo temos que saber o que o paciente quer, o que o mais incomoda, para que ele possa melhorar a capacidade física e a resistência. Quando é possível manter uma boa frequência nas rotinas de exercícios, o paciente desenvolve uma reserva funcional, além de ter o sistema imune mais fortalecido.
Fonte: O Globo
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