Brasileiras desconhecem fatores de risco para o câncer de mama e a importância da mamografia, diz pesquisa

O câncer de mama é o mais comum entre as brasileiras — depois do tumor de pele não melanoma — e também o que causa mais mortes por essa doença entre elas. Ainda assim, as mulheres do país desconhecem informações importantes sobre essa enfermidade, como o melhor método diagnóstico e os fatores de risco.
Os dados, divulgados nesta segunda-feira (30), são do levantamento A Mulher Perante o Câncer, realizado pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), a pedido da farmacêutica Pfizer. A pesquisa ouviu 1.400 mulheres, de 20 anos ou mais, moradoras da capital e das regiões metropolitanas de São Paulo, Belém, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
O estudo mostrou que a maioria das entrevistadas têm uma percepção errada sobre as causas da doença. Para 77%, a herança genética é a principal responsável pelos tumores de mama.
Na realidade, o câncer de mama está associado a diversos fatores, entre eles os não controláveis e os controláveis. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) de 5 a 10% dos casos estão relacionados à hereditariedade. Por outro lado, cerca de 17% poderiam ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e amamentar um bebê.
As participantes da pesquisa desconhecem o peso do estilo de vida na prevenção da doença: 71% não sabem que o álcool está relacionado ao tumor, 69% não reconhecem o excesso de peso como um fator de risco e 84% ignoram a amamentação como uma proteção contra o câncer de mama. Somente 9% sabiam que a primeira menstruação antes dos 9 anos também eleva o risco da enfermidade.
“Essa falsa percepção de que o câncer de mama é causado pela genética pode mascarar cuidados necessários para prevenir a doença”, aponta a ginecologista Adriana Ribeiro, diretora médica da da Pfizer Brasil.
Percepção arraigada sobre o autoexame
Nos anos 1990, a campanha do Outubro Rosa ensinou para as mulheres a importância de tocar as mamas para identificar a presença de nódulos. Embora o autoconhecimento seja relevante, ele é insuficiente em se tratando de câncer de mama. Caroços perceptíveis pelo toque costumam ter pelo menos 1 centímetro. O ideal seria detectar lesões menores por meio de exames de rastreamento. Afinal, quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura.
A pesquisa do Ipec revelou que para 54% das brasileiras o autoexame é a principal medida de detecção precoce. No recorte por idade, 59% daquelas com 50 anos ou mais — o grupo mais atingido pela enfermidade — têm essa percepção equivocada.
Além disso, as entrevistadas desconhecem a importância da mamografia, uma radiografia dos seios, no diagnóstico da doença. Para 56% delas, não está clara a necessidade de passar por esse procedimento quando outros exames, como o ultrassom de mamas, indicam normalidade.
O levantamento mostrou ainda que a maioria (52%) subestima a importância de se submeter à mamografia com regularidade: 25% das participantes acreditam que, após um primeiro teste com resultado normal, podem acompanhar qualquer mudança somente pelo autoexame.
Baixa adesão à mamografia
A falta de conhecimento sobre o método diagnóstico se reflete nos cuidados preventivos das mulheres. Apenas 33% das entrevistadas de 40 a 49 anos disseram ter ido ao médico, recebido o pedido de mamografia, feito o exame e compartilhado o resultado com o profissional que a acompanha. O percentual se manteve baixo tanto entre as mulheres das classes A/B (35%) como no grupo da classe C (24%).
A pesquisa identificou ainda que uma a cada cinco participantes com idade entre 40 e 49 anos (20%) não recebeu do médico uma solicitação de mamografia nos 18 meses que precederam o levantamento do Ipec.
É possível que o resultado seja influenciado por uma divergência entre o Ministério da Saúde e por entidades médicas. O primeiro, que segue a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e norteia as práticas do Sistema Único de Saúde (SUS), recomenda que a mamografia seja realizada por mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos.
Já a Sociedade Brasileira de Mastologia, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) estabelecem o rastreamento a partir dos 40 anos, anualmente. Estima-se que 21% das brasileiras diagnosticadas com câncer de mama tenham 40 anos ou menos.
Fonte: Revista Marie Claire
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