Cuidados paliativos ainda são encarados como tabus no tratamento contra o câncer

O que você entende como “cuidados paliativos”? Para muita gente equivocada, essa decisão significa que nada mais será feito para salvar a vida do doente. É uma ideia muito presente entre pessoas com câncer e profissionais da saúde, mas que a médica oncologista Patrícia Amorim corrige destacando a importância dessa linha de cuidados na manutenção da dignidade, combate a desconfortos, diminuição de sofrimentos.

“Os cuidados paliativos devem ser encarados com mais importância e carecem que sejam garantidos aos pacientes desde o diagnóstico. Eles precisam ser multidisciplinares, incluindo o acolhimento aos seus familiares, amigos e demais as pessoas que precisam de suporte durante o tratamento do câncer. O foco é aliviar a dor, a intensidade do sofrimento, buscar uma sobrevida o mais útil possível”, explicou a especialista.

Na Oncoclínica Alagoas, a atuação de equipes interdisciplinares formadas por profissionais capacitados faz parte de sua essência. A integração da equipe médica com enfermeiros, nutricionistas e psicólogos desmistificam ideias, encorajam o enfretamento do processo natural do ciclo da vida, oportuniza grandes aprendizados e favorece o amadurecimento físico e espiritual.

“A cura nem sempre está ligada a doença no corpo. Por vezes, a enfermidade principal não está no câncer, está em feridas que, de certo modo, contribuíram com o processo de adoecimento. Isso é preciso ser considerado para que sejam encontradas alternativas que levem à superação. E é nossa responsabilidade, como especialistas, ter a percepção sobre essa necessidade nas pessoas que acolhemos”, acrescentou a psicóloga Antonísia Ribeiro.

Fonte: g1