Personalização no combate ao câncer de pulmão: o papel dos biomarcadores

O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte no mundo, sendo responsável pelas maiores taxas de mortalidade entre homens e mulheres. Entretanto, os avanços na medicina de precisão, especialmente na oncologia, têm revolucionado o tratamento da doença, possibilitando a detecção precoce e individualizada e melhorando as taxas de sobrevida dos pacientes[1].

Neste cenário, um dos principais pilares dessa transformação é a testagem de biomarcadores, uma ferramenta que permite a personalização do tratamento para cada paciente.

Os biomarcadores, neste contexto, são parâmetros que diferenciam os tipos tumorais de cada indivíduo, podendo ser utilizados até mesmo para o diagnóstico precoce, a compreensão das especificidades de cada câncer e a escolha da terapia mais adequada para tratá-lo[2].

Em contraponto ao procedimento padrão e tradicional, de tomar as decisões terapêuticas com base no estágio do tumor, os biomarcadores pavimentam o caminho para discussões sobre terapias-alvo e imunoterapia – alternativas de tratamento capazes de aumentar as taxas de resposta do paciente, além de minimizar possíveis efeitos colaterais, especialmente nos casos de câncer de pulmão, em que, na maioria das vezes, a doença é detectada já em fase tardia, o que implica em um mau prognóstico.

Com o uso de biomarcadores, especialistas conseguem romper as classificações gerais dos tumores de pulmão e dar um “sobrenome” ao tipo de câncer de cada paciente. Esse processo é feito pela identificação de alterações moleculares em genes específicos e o principal benefício observado e comprovado por estudos é que os biomarcadores demonstram eficácia em predizer a resposta terapêutica.

No entanto, ainda precisamos enfrentar as barreiras de acesso para que o uso de biomarcadores seja uma realidade na vida de todos. Além disso, é fundamental que o conhecimento sobre esse avanço se popularize entre os profissionais e que a testagem não seja somente feita no momento do diagnóstico inicial, mas periodicamente ao longo do tratamento. Isso porque o tumor pode sofrer e desenvolver novas características que podem alterar sua resposta aos medicamentos[3].

Esse constante progresso da ciência e da oncologia deve ser cada vez mais discutido para que, juntos, encontremos soluções para enfrentarmos o câncer de pulmão de forma eficaz, proporcionando a melhor experiência e prognóstico para o paciente.

Aos profissionais da saúde, recomendo que sigam em constante atualização sobre o tema; aos pacientes, que debatam o tema proativamente com os médicos em busca de um tratamento cada vez mais personalizado. Somente com precisão e humanização conseguiremos transformar esse cenário e reduzir as assustadoras taxas de mortalidade que vemos hoje.

Fonte: JOTA

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