Os avanços e os desafios em torno do câncer mais letal nos dias de hoje
Apesar de representar 20% do total de tumores malignos em nível mundial, o câncer de pulmão detém a maior taxa de mortalidade, superando a soma dos cânceres de próstata, mama e intestino. Mesmo com todo o progresso no tratamento, a busca por detecção precoce é um esforço constante que, somado a inovações diagnósticas e terapêuticas, representa um avanço para tornar a doença potencialmente curável.
No Brasil, a situação não é diferente. Em 2023, estima-se que será o câncer de pulmão será o terceiro câncer mais comum em homens e o quarto mais comum em mulheres, porém o primeiro em termos de mortalidade para ambos os sexos.
Há bastante discussão sobre prevenção e rastreamento em muitos tipos de câncer. Entre os tumores de mama, próstata e intestino, a conscientização sobre prevenção e a realização de exames para detecção precoce da doença são amplamente divulgados. No entanto, raramente se destaca o impacto do abandono do tabagismo e o papel da tomografia de tórax como métodos de prevenção e rastreamento para o câncer de pulmão.
Comecemos pelo principal fator de risco para a doença, o fumo. Embora a noção de que o cigarro é prejudicial à saúde seja amplamente disseminada e esteja até mesmo inscrita nas embalagens do produto, as taxas de tabagismo continuam alarmantemente altas.
Cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão estão diretamente associados ao cigarro, e é sabido que a interrupção desse hábito, independentemente da duração do vício, resulta em uma redução significativa da mortalidade acumulada por câncer de pulmão, sem mencionar os demais benefícios que traz à saúde como um todo.
O primeiro passo para transformar a atual situação do câncer de pulmão é promover a interrupção do tabagismo, seja com cigarros tradicionais, seja com eletrônicos. Essa medida é essencial para reduzir a incidência da doença. Mesmo para pacientes já diagnosticados com o tumor, a cessação precoce pode levar a um prognóstico melhor.
Existem diversas estratégias na luta contra o tabagismo. Educação sobre os males que ele pode provocar é fundamental, principalmente ao direcionar esforços para a parcela mais jovem da população. Para aqueles que já são fumantes, abordagens estruturadas a partir de programas que combinem psicoterapia e medidas farmacológicas têm altas chances de sucesso. Contar com ajuda profissional nessa empreitada faz diferença.
Da mesma forma que nos cânceres de mama e intestino, existe uma estratégia eficaz de rastreamento para o câncer de pulmão. Menos conhecida da população em geral, ela permite diagnósticos mais precoces e, consequentemente, aumentam as chances de cura da doença. Tal estratégia envolve a realização de uma tomografia computadorizada de tórax de “baixa dose”, ou seja, com uma taxa de radiação menor.
Atualmente, a indicação é limitada a indivíduos entre 50 e 80 anos que fumam ou interromperam o tabagismo há menos de 15 anos e cuja carga tabágica é maior que 20 maços/ano. O cálculo da carga tabágica é simples, sendo realizado a partir da multiplicação do número de anos de consumo de cigarro pelo número de maços consumidos por dia.
No campo do tratamento, por muito tempo todos os progressos associados à tão aclamada imunoterapia foram direcionados a pacientes com doença avançada, ou seja, aqueles sem perspectiva de cura. No momento desta publicação, existem pelo menos cinco grandes estudos internacionais que examinam o uso dessa estratégia baseada em “acordar” o sistema imune para atacar o câncer em pacientes antes ou após a cirurgia, todos com resultados extremamente promissores.
A prevenção do câncer de pulmão é possível: essa é a mensagem central deste artigo. Para isso, é crucial que o diagnóstico seja feito mais cedo, o que requer a ampliação dos programas de rastreio e cessação de tabagismo.
Portanto, se você se encaixa nesse perfil, é vital buscar orientação médica. Lembre-se de que o câncer de pulmão, quando flagrado precocemente, tem um prognóstico muito mais favorável, e a tomografia computadorizada de tórax de baixa dose é uma ferramenta valiosa para a cura dessa doença.
A necessidade de uma conscientização contínua e a educação entre os profissionais de saúde é fundamental. No entanto, ainda mais importante é encorajar o público a buscar conhecimento sobre como minimizar seus próprios riscos. Consulte o seu médico, não hesite em fazer perguntas. Faça parte do cuidado.
*Autor: Marcelo Corassa é oncologista e líder da Unidade de Câncer de Pulmão e Neoplasias do Tórax da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Felipe Marques da Costa é chefe da equipe de Pneumologia da BP de São Paulo
Fonte: Veja
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