Câncer de pele: veja sintomas, causas e tratamento

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país — o que nas novas estimativas para o triênio 2023-2025 corresponde a 211 mil casos por ano. Esse tipo de câncer é causado pelo crescimento incomum de células na pele, formando camadas que determinam o tipo da doença.

Quais os tipos de câncer de pele?

  • Carcinoma basocelular (BCB): o tipo mais comum, com baixa letalidade e alto índice de cura caso seja detectado precocemente. Tende a surgir na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele) e se apresenta como uma espinha, machucado ou ferida. Está englobado na classificação de câncer de pele não melanoma.
  • Carcinoma espinocelular (CEC): também de baixa letalidade, costuma se desenvolver em áreas como rosto, couro cabeludo e pescoço. Atinge as células escamosas, responsáveis por formar a maior parte das camadas superiores da pele — causando enrugamento, perda de elasticidade e sinais de dano solar. Está englobado na classificação de câncer de pele não melanoma.
  • Melanoma: origina-se nas células produtoras de melanina, que determinam a coloração da pele. Em geral, aparence como uma pinta ou um sinal na pele, que, com o tempo, muda de cor e pode causar lesões. Apesar de ser o tipo mais agressivo de câncer de pele, com o tratamento correto as chances de cura beiram os 90%. Pessoas com casos na família devem ir ao dermatologista regularmente.

Quais os sintomas do câncer de pele?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os sintomas do câncer de pele costumam se manifestar na forma de:

  • Manchas ou feridas que não cicatrizam em até quatro semanas e apresentam coceiras ou sangramentos;
  • Pintas pretas ou castanhas que mudam de cor, textura, tornam-se irregulares e crescem de tamanho;
  • Lesões de aparência elevada com crosta central e sangramento constante;
  • Normalmente essas manchas, feridas, pintas e lesões aparecem em locais expostos ao sol diariamente, mas podem surgir em qualquer parte do corpo.

Há um método comumente indicados por profissionais para que seus pacientes possam identificar sinais suspeitos em seus corpos, o ABCDE. Neste teste é preciso se preocupar caso o sinal esteja dentro dos seguintes critérios:

  • Assimetria em sua forma, que pode representar um tumor maligno;
  • Bordas irregulares;
  • Cor acima dos dois tons da pele, normalmente preto;
  • Diâmetro maior que 6 milímetros;
  • Evolução de tamanho, forma e cor.

Nesses casos, é preciso procurar um médico imediatamente.

Qualquer pessoa pode desenvolver o câncer de pele, mas existem alguns fatores que podem aumentar o risco de aparecimento da doença. A maioria dos casos são registrados em adultos com mais de 40 anos e alguns fatores de risco são: pele e olhos claros, exposição intensa e intermitente ao sol, bronzeamento artificial, histórico familiar e doenças cutâneas prévias.

Como é o tratamento do câncer de pele?

Conforme afirma o Ministério da Saúde, a principal recomendação para o tratamento do câncer de pele não melanoma é a cirurgia oncológica para a retirada do tumor que, nos estágios iniciais da doença, pode ser realizada sem a necessidade de internação. Já para os casos mais avançados ou de melanoma, além da cirurgia, podem ser indicadas sessões de quimioterapia e radioterapia.

— Na maioria das vezes, as cirurgias são realizadas em nível ambulatorial, podendo ser feita nos consultórios, caso o paciente não tenha comorbidades. Mesmo nos hospitais, os casos são sempre muito únicos, então temos procedimentos que duram 10 minutos, enquanto outros três horas, tudo depende do diagnóstico — explica Juliana Marques, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBDRJ).

Além disso, outros métodos que podem ser indicados para o tratamento do câncer de pele são:

  • Criocirurgia;
  • Cirurgia a laser;
  • Cirurgia micrográfica de Mohs;
  • Terapia fotodinâmica;
  • Curetagem e eletrodissecção.

Porém, a utilização vai depender da avaliação de um médico especializado para julgar qual método vai ser mais adequado.

Como prevenir o câncer de pele?

Ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele contra os efeitos da radiação UV são essenciais para a prevenção contra os tumores cutâneos. Os principais cuidados que devem ser tomados são:

  • Evitar se expor ao sol entre 10h e 16h;
  • Usar protetor solar de no mínimo FPS 50;
  • Utilizar chapéus, bonés e roupas que cubram boa parte do corpo;
  • Manter a pele bem hidratada.

— A maior parte das pessoas acredita que o protetor com FPS 30 já é suficiente, mas essa diretriz é pensada pros Estados Unidos e Europa. O índice de radiação em um país como o Brasil é mais intenso, por isso na verdade é recomendado que se use o FPS 50 — esclarece Juliana Marques.

Em caso de trabalhadores obrigados a se exporem ao sol, é necessário o uso de equipamentos de proteção individual, como chapéus, óculos escuros, roupas compridas e protetor solar. É importante ressaltar que essas precauções devem ser mantidas até mesmo em dias nublados.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a aplicação do filtro solar deve ser feita no mínimo 30 minutos antes da exposição ao sol. E não basta aplicar apenas no início do dia. É indicado que seja feita uma reaplicação a cada três horas. Para dias de mais transpiração, exposição solar prolongada ou contato com água (de piscina ou praia), o indicado é que o intervalo diminua para a cada duas horas. Para garantir a eficácia do produto, a aplicação deve ser uniforme.

A população negra está mais protegida do câncer de pele?

Por causa da melanina, a população negra apresenta maior resistência aos raios ultravioleta. Mas, a dermatologista Juliana Marques alerta que, apesar de o pigmento proteger o núcleo das células da radiação, os cuidados com a pele continuam sendo obrigatórios:

— Não só a negra, mas a pele bronzeada no geral também tem maior proteção, mas é preciso entender o contexto miscigenado da população brasileira. Por sermos formados por ancestrais indígenas, europeus e negros, isso acaba tornando mais vulneráveis até a população com a pele mais escura. As chances do surgimento de um câncer são menores, mas as recomendações de prevenção continuam as mesmas — diz.

Fonte: O Globo

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