Nutricionistas dizem o que comer (e evitar) para reduzir risco de câncer

Embora o câncer tenha causas multifatoriais, o padrão alimentar é apontado como uma das principais causas evitáveis de câncer, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Segundo o nutricionista Abner Souza Paz, a alimentação tem influência direta, principalmente nos casos de câncer do aparelho digestivo.
"Alimentos que contenham uma quantidade considerável de aditivos, corantes e conservantes podem afetar o padrão de replicação do DNA e induzir danos inflamatórios no organismo. Esse processo pode ser o precursor da transformação de uma célula normal em uma célula tumoral", explica Paz, que é doutor em imunologia pela UFAM (Universidade Federal do Amazonas) e pesquisador em câncer e estado nutricional no Fcecon (Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas).
O consumo frequente de carne processada (como salsicha, salame, bacon, linguiça, mortadela e presunto), por exemplo, tem forte ligação com o desenvolvimento de tumores, tendo sido classificada no mesmo grupo de carcinogenicidade que o tabaco e o amianto pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Segundo uma revisão científica publicada na The Lancet Oncology em 2015, consumir 50 gramas por dia desses alimentos está associado a um aumento de 18% no risco de câncer colorretal.
Se certos alimentos podem aumentar o risco, seguir uma dieta saudável é capaz de prevenir entre 30% e 50% de todos os tipos de câncer, conforme indicam diversas pesquisas. Embora o contexto alimentar seja crucial para nos proteger contra doenças, alguns alimentos têm sido destacados em publicações científicas como agentes preventivos para certos tipos de câncer.
É o caso dos alimentos ricos em carotenoides, compostos ativos presentes em vegetais de cores amarela, laranja e vermelha, que demonstraram reduzir o risco de tumores de cabeça e pescoço. Alimentos cítricos também têm nutrientes que parecem ser benéficos nessa prevenção, segundo a nutricionista Larissa Ariel Oliveira Carrilho, que é especialista em nutrição oncológica e doutoranda em clínica médica pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O que comer (e evitar) para reduzir risco de câncer
Nesse contexto, especialistas em nutrição oncológica ouvidos por VivaBem, compartilham valiosas dicas sobre como modificar nossos hábitos alimentares para reduzir o risco de câncer:
Consuma mais fibras: presentes em frutas, verduras e legumes, as fibras desempenham várias funções reguladoras no organismo, incluindo a promoção da saciedade. Além de ajudar a manter o peso saudável, o consumo de fibras também está associado à prevenção do câncer de cólon, pois elas aceleram o trânsito intestinal, aumentam o bolo fecal, absorvem sais biliares e diminuem o pH do intestino.
Reduza o consumo de carne vermelha: consumir mais de 500 g de carne vermelha por semana está relacionado a um aumento no risco de câncer de intestino. Isso ocorre porque, quando exposta a altas temperaturas, a carne libera substâncias que podem afetar as células intestinais. Além disso, o alto teor de ferro na carne vermelha pode promover a formação de compostos carcinogênicos no intestino, especialmente em grandes quantidades.
O churrasco, tão apreciado pelos brasileiros, deve ser evitado, porque a carne absorve a fumaça do carvão, que contém substâncias potencialmente nocivas. Thais Manfrinato Miola, nutricionista doutora em oncologia pela Fundação Antônio Prudente e atua como supervisora de nutrição clínica no AC Camargo Câncer Center
Diminua o consumo de ultraprocessados: ricos em açúcar, gordura, sal e aditivos químicos, esses alimentos favorecem o desenvolvimento de células anormais e aumentam o risco de câncer a longo prazo. O excesso de açúcar também favorece o aumento da glicemia no sangue, que é uma das causas do câncer do endométrio em mulheres. Além disso, segundo Carrilho, o corante alimentar caramelo, encontrado em molhos, chocolates e principalmente em refrigerantes à base de cola, representa uma ameaça à saúde, tendo sido classificado como possivelmente cancerígeno pelo Instituto Americano de Pesquisa em Câncer e pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer. "Ele está associado ao desenvolvimento de câncer de pulmão, útero e leucemia", diz.
Restrinja o álcool: são várias as razões pelas quais o álcool está ligado ao surgimento de câncer, especialmente na região da cabeça e pescoço. Ele facilita a entrada de substâncias cancerígenas nas células, prejudica a capacidade do corpo de reparar o DNA e interfere no equilíbrio hormonal, aumentando os níveis de estradiol, por exemplo. Conforme relatório de 2020 do Inca, não há limite seguro de ingestão.
Cuidado com a temperatura: alimentos e bebidas muito quentes podem causar danos às células do esôfago, impedindo sua recuperação ao longo do tempo e aumentando o risco de desenvolver câncer. Essa associação é tão significativa que a incidência desse tipo de câncer é maior no Rio Grande do Sul, que tem como cultura o consumo de chimarrão quente.
Prefira os orgânicos: as evidências científicas indicam que os agrotóxicos podem aumentar o risco de tumores. Por essa razão, os especialistas recomendam escolher alimentos orgânicos sempre que possível, especialmente tomates, pimentões e morangos, que costumam ter uma alta carga de resíduos de pesticidas. Os especialistas sugerem optar pela compra em feiras livres ou com pequenos agricultores, cujos preços costumam ser mais acessíveis.
Mantenha-se hidratado: a hidratação permite que os órgãos funcionem adequadamente, além disso resíduos e toxinas que podem se acumular no corpo e contribuir para o desenvolvimento de doenças, incluindo o câncer, são eliminados pela urina. A ingestão inadequada de água compromete a digestão e a formação das fezes, acumulando compostos no intestino que podem aumentar o risco de câncer colorretal.
Cuidado com os suplementos alimentares: o excesso de suplementos vitamínicos e minerais pode ser prejudicial à saúde, pois o corpo não consegue absorver todos os nutrientes de uma só vez."É comum encontrar uma variedade de suplementos nas prateleiras das farmácias, e muitas pessoas compram sem considerar os possíveis riscos à saúde. Doses elevadas de betacaroteno, que só são alcançadas por meio da suplementação, por exemplo, têm sido associadas a um aumento no risco de câncer de pulmão em não fumantes", destaca Miola.
Fonte: UOL Viva Bem
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