Como a pesquisa clínica do câncer de pulmão evoluiu na América Latina?

Nas últimas duas décadas, o número de ensaios clínicos envolvendo pacientes com câncer de pulmão teve um aumento importante na América Latina. Contudo, paralelamente, há uma preocupação com a diminuição da quantidade de pesquisas originadas na região. Essa redução pode comprometer a aplicabilidade dos resultados dos estudos para a população local acometida pela neoplasia pulmonar. [ 1 ]

As informações são de um estudo retrospectivo publicado no periódico JCO Global Oncology, cujo primeiro autor é o Dr. Thomas Miguel Knapp, ex-estudante de medicina da University of Central Florida, nos Estados Unidos.

“Como estudante de medicina, um dos meus principais interesses era a fisiologia cardiopulmonar, o que me levou a uma inclinação pela cirurgia cardiotorácica. Além disso, eu tinha a necessidade de integrar meus interesses neste campo com minha herança hispânica e o cuidado com a saúde das populações latino-americanas”, comentou ele ao Medscape.

O médico acrescentou que “o aumento na participação geral em ensaios clínicos ao longo do tempo é tranquilizador e demonstra o possível impacto na região dos grupos colaborativos na pesquisa do câncer de pulmão”.

Além disso, o Dr. Thomas considerou que “a diminuição observada no número de ensaios clínicos originados na América Latina poderia servir como catalisador para discutir aqueles que serão realizados no futuro”.

Pesquisa por meio de grupos cooperativos

O estudo foi realizado por meio de uma busca no registro Clinicaltrials.gov e considerou 273 ensaios clínicos sobre câncer de pulmão. Todos foram realizados na região durante o período de 2001–2021.

O objetivo principal foi avaliar o impacto da criação de grupos cooperativos destinados a fomentar a pesquisa clínica na América Latina. São eles o Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) e o Consorcio Latinoamericano de Cáncer de Pulmón (CLICaP), em vigor desde 2009 e 2011, respectivamente.

Entre 2001 e 2011, foram registrados 100 ensaios clínicos na região, mas os números aumentaram para 173 estudos durante o intervalo 2012–2021 (P < 0,001). Países como Brasil (169 de 273; 62%), México (128 de 273; 47%), Argentina (128 de 273; 47%), Chile (82 de 273; 30%) e Peru (51 de 273, 18 %) lideram a lista de participações nestas pesquisas.

Cerca de 66% dos ensaios clínicos identificados entre 2001 e 2021 foram de fase 3, e 88% do total incluíam pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas. Os participantes da maioria dos estudos se encontravam no estágio III (148 de 273; 54%) ou IV (172 de 273; 63%).

Além disso, os agentes farmacológicos mais usados na América Latina foram os anticorpos monoclonais (137 de 273; 50%) e os inibidores da tirosina quinase (79 de 273; 29%).

Fonte: Medscape

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