O que pode provocar febre em pacientes oncológicos?

Nos pacientes oncológicos, a febre pode aparecer por conta de alguma infecção ou devido ao próprio tumor. Independente da razão, a febre precisa ser vista como um sinal de alerta. 

Risco aumentado de infecção
Isso ocorre porque, pacientes que estão em quimioterapia, radioterapia, ou utilizando qualquer outra droga que reduza a imunidade acabam ficando mais suscetíveis a infecções. 

Esses tratamentos além de destruir as células doentes, também destroem as células boas, provocando anemia, fraqueza, palidez, maior risco de sangramento e de infecções. 

Por isso é importante ficar atento, pois quando a febre não passa (temperatura for maior ou igual a 37,8), é importante ir até o pronto socorro oncológico imediatamente, pelo alto risco de sepse (infecção generalizada que compromete todos os órgãos) ou uma síndrome respiratória grave. 

Além da febre, é importante ficar atento a outros sintomas que podem indicar uma possível infecção como: calafrios, sudorese, tosse, falta de ar, dor de garganta. 

Alguns tumores também causam febre
O dr. Fábio Schutz, oncologista clínico Fábio Schutz, da Beneficiência Portuguesa de São Paulo (BP), explica que outra causa de febre em pacientes oncológicos ocorre por conta do próprio tumor. 

“Alguns tipos de câncer podem ter uma reação inflamatória no corpo e o próprio câncer pode ocasionar febre, assim como a sudorese noturna. Pra quem não sabe, a sudorese noturna, é aquelas febres que o paciente precisa até trocar o lençol no dia seguinte, de tão encharcado que fica”, diz ele.

Schutz conta que, geralmente, isso revela que o tumor tem uma carga ou um volume tumoral alto no organismo e está provocando inúmeras reações inflamatórias. 

“Não é todo tumor que causa isso. Normalmente, é notado em pacientes que estão com algum comprometimento no fígado. Mas isso não tem relação direta com a progressão do câncer”. 

Linfomas e leucemias
A febre e o suor noturno também são sintomas característicos de dois tipos de cânceres: os linfomas e as leucemias. Esses sintomas se apresentam em até 30% dos casos. 

“Isso ocorre porque as células neoplásicas produzem citocinas (proteínas que regulam a resposta imunológica), e acabam induzindo um quadro febril”, explica o dr. Carlos Chiattone, professor Titular de Hematologia e Oncologia da FCM da Santa Casa de São Paulo. 

Os linfomas são cânceres de um tipo específico de glóbulos brancos conhecidos como linfócitos. Essas células ajudam a combater infecções. Já a leucemia é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue, também conhecidos como leucócitos, que são as células de defesa do organismo.

No caso das leucemias, como a doença ocorre na medula óssea, local onde as células são produzidas, conforme a doença se desenvolve, há um aumento de células imaturas, que não desempenham sua função de maneira adequada, e uma diminuição de células saudáveis. Dessa forma, o corpo perde a sua capacidade de combater infecções e a pessoa passa a ter febre recorrentemente.

Fonte: Drauzio Varella

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