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ASCO lança IA com Google e antecipa destaques de 2025 sobre câncer de mama, pulmão e GLP-1

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Uma nova ferramenta de inteligência artificial (IA) desenvolvida com o Google Cloud, estudos abordando o uso de IA no diagnóstico do câncer de mama, o impacto dos agonistas do receptor GLP-1 na incidência de neoplasias, novas estratégias terapêuticas para câncer de mama metastático e avanços no tratamento do câncer de pulmão de pequenas células. Estes foram os destaques da coletiva de imprensa, realizada no dia 21 de maio, que antecipou alguns dos destaques do congresso anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO), que acontece de 30 de maio a 3 de junho, em Chicago, nos EUA.

A ferramenta ASCO Guidelines Assistant, projetada em conjunto com o Google Cloud, tem como objetivo simplificar o acesso às diretrizes da entidade. Diferentemente dos chatbots tradicionais, o recurso foca exclusivamente nos conteúdos publicados pela ASCO e aporta referências diretas aos documentos originais produzidos pela entidade, o que, de acordo com o Dr. Clifton Hudis, CEO da sociedade, garantiria maior confiabilidade nas respostas, evitando as chamadas “alucinações” – ocorrências comuns nos large language models (LLM) comerciais disponíveis hoje.

“A IA está por toda parte, nas notícias, todos os dias, e sua promessa é empolgante, especialmente para todos nós na oncologia, que enfrentamos a rápida expansão em nossa base de conhecimento e em nossa capacidade de tratar pacientes em todos os lugares com terapias cada vez melhores”, disse o Dr. Clifton na coletiva. O novo assistente virtual estará disponível para os membros da ASCO em 8 de junho.

IA para mais precisão no câncer de mama

Coube à médica brasileira Dra. Marina de Brot, do A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo, apresentar um estudo sobre o uso da IA para aumentar a precisão dos patologistas na identificação de tumores de mama HER2-low e HER2-ultra low.

O estudo reuniu 105 patologistas de 10 países – entre eles o Brasil – para avaliar 20 lâminas digitais de câncer de mama, com e sem o auxílio de inteligência artificial. Os achados mostraram que o auxílio da IA ajudou a aumentar de 50% para 93% a acurácia da interpretação imuno-histoquímica (IHQ) de HER2-ultra low e de 78% para mais de 90% para HER2-low.

“A IA reduziu a classificação incorreta de casos HER2-low e HER2-ultra low como HER2-null em 25%, potencialmente permitindo que mais pacientes tenham acesso à terapia com anticorpos conjugados direcionados ao HER2”, destacou a Dra. Marina, salientando que a importância desse tipo de identificação pode direcionar a elegibilidade das pacientes para receberem terapias-alvo específicas.

Agonistas do GLP-1 no risco de câncer ligado à obesidade

Um estudo observacional com mais de 170 mil adultos com diabetes e obesidade nos EUA comparou os efeitos dos agonistas do receptor de GLP-1 aos dos inibidores da DPP-4 no risco de cânceres associados à obesidade. Os resultados indicaram que o uso de GLP-1 foi associado a uma redução de 7% no risco de tumores relacionados à obesidade e a uma diminuição de 8% na mortalidade por todas as causas. O efeito protetor foi especialmente significativo para câncer de cólon (redução de 16%) e reto (28%).

“Embora a obesidade seja reconhecida como uma causa cada vez mais importante de câncer nos Estados Unidos e no mundo, nenhum medicamento provou reduzir esse risco associado à obesidade. Nosso estudo começa a preencher essa lacuna”, afirmou o acadêmico de medicina da New York University (NYU) Lucas Mavromatis, durante a apresentação dos dados.

Mais sobrevida no câncer de mama avançado

Outro estudo apresentado na coletiva foi uma análise final de sobrevida global do ensaio INAVO120 (inavolisibe + palbociclibe e fulvestranto no câncer de mama avançado HR-positivo, HER2-negativo, e com mutação PIK3CA).

Apresentado pelo Dr. Nicholas Turner, do Royal Marsden Hospital, de Londres (Inglaterra), o estudo mostrou que a tripla combinação aportou uma mediana de sobrevida global de 34 meses em relação ao grupo que recebeu placebo e prolongou o tempo mediano até a necessidade de quimioterapia (35,6 meses vs. 12,6 meses no grupo do placebo), mantendo a melhora na sobrevida livre de progressão da doença já relatada quando da publicação do estudo.

Novos dados na terapia de manutenção para câncer de pulmão de pequenas células

Já aprovada pela FDA para o tratamento de segunda linha no câncer de pulmão de pequenas células, a lurbinectidina surge como uma opção de manutenção em primeira linha com os resultados do estudo de fase 3 IMforte, apresentados pelo Dr. Luis Paz Ares, do Hospital Universitário 12 de Octubre de Madri, na Espanha.

Ainda em andamento, o ensaio avaliou lurbinectidina+atezolizumabe como terapia de manutenção após quimioterapia de indução no câncer de pulmão de pequenas células em estágio avançado, e demonstrou uma melhora significativa na sobrevida livre de progressão da doença (5,4 meses contra 2,1 meses no grupo que recebeu atezolizumabe isolado) e também na sobrevida global (13,2 meses vs. 10,6).

O pesquisador defendeu que os achados têm potencial de transformar o tratamento conjunto de lurbinectidina+atezolizumabe em “um novo padrão de cuidado nessa doença agressiva e difícil de tratar”.

A coletiva da ASCO destacou uma prévia de avanços promissores em vários tipos de câncer. Mais novidades serão divulgadas ao longo do congresso, entre 30 de maio a 3 de junho. 

Fonte: Medscape

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