[Câncer de Mama Avançado] Alessandra Moreira

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Alessandra -

    Sou Alessandra Moreira, tenho 44 anos, sou cristã, corretora de imóveis, filha única, mãe e esposa. Minha jornada é marcada por lutas diárias, como a de qualquer pessoa que busca pagar as contas e sobreviver em um mundo cada vez mais caótico.

    No entanto, tudo mudou quando recebi o diagnóstico de um carcinoma ductal in situ. Iniciamos o tratamento pela cirurgia: uma mastectomia total. Após o procedimento, descobrimos o quão invasivo esse carcinoma era.

    Esse diagnóstico transformou completamente a minha vida. Aproximou pessoas que eu jamais imaginei que estariam ao meu lado — e, surpreendentemente, afastou outras que eu jamais pensei que se afastariam.

    A cada dia, percebo o quanto a resiliência é essencial para lidar com tantos desafios — como abandonar o tabagismo e enfrentar o preconceito.

    Cada dia traz um novo obstáculo, mas a fé e a esperança me dão forças para seguir. Confio que vou vencer.

    Ainda tenho um longo caminho pela frente. O tratamento com quimioterapia e radioterapia ainda virá, mas carrego em mim a certeza de que a vitória será minha.

  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Alessandra -

    Autoexame
    Depois que tive meu último filho (hoje com 5 anos), adquiri o hábito de fazer o autoexame. Por dois anos segui realizando mamografias regularmente, até que descobrimos o carcinoma ainda em fase inicial.

    Não apresentei nenhum outro sinal além de um caroço na mama esquerda.

  • Instituto Oncoguia - Você enfrentou dificuldades para fechar o seu diagnóstico? Se sim, quais? Alessandra -

    Uma das maiores dificuldades que enfrentei foi contar para a família e os amigos. A reação de algumas pessoas me trouxe um sentimento de culpa que eu não esperava.

    Além disso, em meio a uma mudança brusca de rotina e tantas novidades, precisei parar de fumar.

    Está sendo muito difícil lidar com toda a rotina de exames, a cirurgia, a retirada da mama… E, sim, o cigarro ainda me faz falta — mas ele já não faz mais parte do meu dia a dia.

  • Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Alessandra -

    Pensei em muitas coisas, mas nunca em desistir. No dia em que recebi o diagnóstico, meu mundo caiu. Mas, como toda boa mãe, tive que juntar os pedaços, remontá-lo e seguir adiante.

    O Oncoguia foi uma fonte muito importante de informação. Me ajudou a esclarecer dúvidas e me deixou mais confiante para enfrentar tudo o que viria pela frente.

  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Alessandra - Meus pais e meus filhos.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Alessandra - Sim. Fiz recentemente uma mastectomia total e agora estou aguardando o início das sessões de quimioterapia e radioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Alessandra - Acredito que serão os que estão por vir. Quimioterapia e radioterapia, por causa da complexidade da terapia. 
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Alessandra - Ainda não.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Alessandra - Muito boa!
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Alessandra - Ainda não. 
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Alessandra - Sim, faço terapia. É de grande importância cuidar da mente no tratamento oncológico. São grandes desafios e sozinha é muito complicado de absorver tudo isso. 
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Alessandra - Vivendo um dia de cada vez, tentando equilibrar todas as etapas do tratamento com a rotina. 
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Alessandra - Sou autonoma. Soube aqui pelo Oncoguia dos meus direitos. Após a cirurgia solicitei o auxílio doença que está em análise no INSS. 
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Alessandra - Todos.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Alessandra - Seja firme, não desista. O avanço tecnológico na área oncológica é fantástico. Se cuide, cuide de sua saúde mental. O câncer serve, ás vezes, para mudar o modo como vemos a vida, para nos trazer uma visão mais positiva. Enfrente, você vai vencer!
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Alessandra - Continuem com o trabalho fantástico que fazem!
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Alessandra -

    As informações sobre o câncer de mama deveriam ser divulgadas de forma mais direta e clara. As pessoas precisam ter mais acesso a exames de diagnóstico.

    Além disso, o SUS deveria cobrir também os acessórios pós-cirúrgicos, como meias antitrombo, cintas e sutiãs específicos para o pós-operatório. São produtos caros, e muita gente simplesmente não tem condições de comprá-los.

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