[Câncer de Pâncreas] Alesandra De Faria Carminate

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Alesandra - Tenho 40 anos, sou funcionária pública, solteira, sem filhos e moro em Petrópolis - RJ.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Alesandra - Passei mal subitamente, ficava enjoada, urina escura e comecei a ficar com a pele amarelada. Fui a UPA, fiz exame de sangue, com o resultado fui internada e no dia seguinte tomografia que identificou uma massa no pâncreas. Durante a internação fiz uma colangioressonancia que confirmou o câncer.
  • Instituto Oncoguia - Você enfrentou dificuldades para fechar o seu diagnóstico? Se sim, quais? Alesandra - Durante a internação, mesmo com o resultado da tomografia identificando a massa no pâncreas. Me trataram como se eu tivesse hepatite, leptospirose e pedra na vesícula. O que fez com que demorasse a solicitação do exame específico. E para eu obter o resultado tive que entrar em contato com amigos da secretaria de saúde para que conseguissem o resultado que estava demorando muito para sair.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Alesandra - Fiquei surpresa, assustada e triste. Tive certeza que morreria. Por ser um câncer de potência alta de morte.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Alesandra - Foi com a cirurgia que era de grande porte e tinha risco de morte. Me preocupei com minha mãe e irmão, que ficaram extremamente angustiados e tristes.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Alesandra - Já finalizei minha quimioterapia em março. Atualmente me encontro na fase de exames para acompanhamento oncológico. Foi muito difícil o processo todo porque eu tinha que lidar com o pós operatório e todas as suas problemáticas e ao mesmo tempo aguentar os efeitos da quimioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Alesandra - Foram duas, o pós cirúrgico e também a quimioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Alesandra -
    Eu tive muito efeito colateral. Já no final do tratamento cheguei a ficar internada porque todas as minhas taxas haviam caído. Precisei passar por transfusão de plaquetas durante a internação.
     
    Eu fiquei anestesiada, triste e bem desanimada pois sentia muito mal estar. Quando chegava o dia da quimioterapia eu entrava no modo desespero, porque sabia que todo o mal estar retornaria. Foi muito difícil.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Alesandra - É muito boa. O oncologista é muito atencioso e humano. Se preocupa em tentar amenizar todo o mal estar durante o tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Alesandra - Durante o tratamento não.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Alesandra - Durante o tratamento não. Iniciei tem 2 semanas a terapia, pois estou tendo crises de ansiedade recorrentes. Fora o medo da metástase ou volta o que piora o estado emocional. Então, é fundamental o acompanhamento com o psicólogo para saber lidar e voltar a viver após câncer.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Alesandra - Estou tendo que fazer acompanhamento com outros profissionais porque fiquei com algumas sequelas pós quimioterapia. Tentando retornar aos estudos. A vida ainda está de cabeça para baixo, principalmente porque querem me aposentar por invalidez. São mudanças drásticas no cotidiano.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Alesandra - Parei. Não tive e ainda não tenho condições de retornar ao trabalho. Tanto que irão me aposentar por invalidez.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Alesandra - Para não se desesperar e nem desistir no meio tratamento. A quimioterapia é pesada, mas ainda é a nossa alternativa de cura ou sobrevida. Tenha sempre fé, independente de religião ou crença, apenas acredite na cura. E mantenha seus familiares próximos, são fundamentais para manter a sanidade e esperança.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Alesandra - Através do oncologista
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Alesandra -
    Investimento no SUS, ainda existe um abismo em relação ao particular ou plano de saúde. Muita demora para conseguir consultas e exames para o diagnóstico precoce do câncer, quando o paciente consegue fazer os exames, muitas das vezes já é tarde e a doença se espalhou.
     
    É muito triste essa diferenciação, inclusive no tratamento, pois alguns só estão disponíveis no particular.
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