[Câncer de Mama] Amanda Lucindo

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Amanda - Meu nome é Amanda, tenho 35 anos, moro em São Paulo e sou Gerente de Redes Sociais. Sou solteira e namorava há somente dois meses quando fui diagnosticada com um câncer de mama.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Amanda - Descobri a doença em um dos meus exames anuais. Já fazia mamografia há dois anos porque minha avó teve câncer de mama. Minhas calcificações não eram visíveis no ultrassom e nem palpáveis.
  • Instituto Oncoguia - Você enfrentou dificuldades para fechar o seu diagnóstico? Se sim, quais? Amanda - Meu diagnóstico foi bastante rápido, com ultrassom, mamografia, ressonância e biópsia logo em seguida.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Amanda - O maior medo da minha vida sempre foi ter câncer. Vi muitos casos na minha família, inclusive perdendo parentes queridos para a doença. Meu mundo caiu quando recebi o diagnóstico, tive medo e muita raiva. Já me imaginei careca, fraca e fazendo quimioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Amanda - O primeiro medo foi de precisar fazer quimioterapia. Como meu câncer é um triplo negativo, esse seria o tratamento. Nessa hora, só conseguia imaginar em como continuar trabalhando, como continuar indo à academia, mantendo minha vida. Foi o momento de colocar meus sonhos e planos em pausa, e isso me doeu muito.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Amanda - Já passei por 12 sessões de quimioterapia branca e amanhã começo a quimioterapia vermelha. Tive pouquíssimos efeitos colaterais, continuei trabalhando, treinando e vivendo. Acho que manter uma dieta saudável e me exercitar, antes e durante, foi essencial para conseguir estar bem durante o tratamento. Minha rede de apoio também tem sido meu alicerce, além de manter a saúde mental em dia.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Amanda - A quimioterapia tem muito estigma. No começo, eu não conseguia acreditar que era eu mesma que estava ali. Acho que aceitar que agora sou uma paciente oncológica e que minha vida mudou para sempre é o mais difícil.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Amanda - Tive poucos efeitos colaterais e comer de forma saudável e ir à academia pelo menos três vezes na semana tem me ajudado muito.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Amanda - Meu oncologista é uma das pessoas que mais admiro. Mantenho contato pessoal com ele sempre e ele está sempre disponível em todos os momentos via WhatsApp.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Amanda - Sim. Tenho uma psicóloga que me auxilia nas questões emocionais, me consultei também com uma nutricionista oncológica e meu psiquiatra está me acompanhando de perto também. Acredito que uma equipe multidisciplinar está sendo essencial para o sucesso do meu tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Amanda - O acompanhamento psicológico está sendo essencial para mim. Eu me deparei com emoções e situações novas neste momento, medos irracionais e muita dificuldade para lidar com as outras pessoas, que não entendem exatamente o que eu estou passando. Minha psicóloga tem me ajudado a navegar essa vida pós câncer e lidar com os altos e baixos da doença.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Amanda - Estou esperançosa na minha cura. Ainda falta passar pela cirurgia e radioterapia, mas hoje faltando quatro sessões eu já vejo a luz no fim do túnel. Já vejo o fim deste caminho e estou confiante no meu tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Amanda - Continuei trabalhando normalmente, contei com a compreensão de uma equipe incrível do meu trabalho. Inclusive, entreguei projetos novos durante a quimioterapia, dos quais tenho muito orgulho!
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Amanda - Procure ajuda psicológica, mantenha um diário com as suas emoções e sentimentos, já que escrever é uma atividade muito terapêutica que pode te ajudar a lidar com as emoções, mantenha na sua vida somente as pessoas que realmente te querem bem. O câncer também é uma oportunidade de filtrar quem você quer ao seu lado.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Amanda - Que pacientes do SUS tivessem acesso à Imunoterapia, um tratamento tão moderno e eficaz para diversos tipos de câncer, mas que hoje só está disponível para pacientes particulares e privilegiados.
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