[Câncer Colorretal] Vanessa Cavalcante Miranda Beu

Aprendendo com Você
Vanessa Cavalcante Miranda Beu
  • Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Vanessa - Me chamo Vanessa, tenho 42 anos, sou enfermeira intensivista. Sou solteira e sem filhos. Moro em São Paulo - SP. 
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Vanessa -

    Eu tinha muita dor lombar. Eu achava que era devido a intensidade do trabalho, afinal, nós da saúde trabalhamos muito, pois estávamos no auge da pandemia. Eu sentia muito desconforto abdominal. Tudo o que eu comia me deixava extremamente desconfortável. 


    Certa noite, eu de plantão, não estava muito legal e resolvi dar um pulinho no PS. Estava disposta a fazer qualquer exame que descartasse algo mais sério. No exame físico, a médica, ao palpar o abdome, sentiu o mesmo um pouco distintivo, além do barulho horroroso que ele fez. Foi solicitado uma tomografia onde foi evidenciado uma obstrução intestinal. Naquela noite mesmo eu internei. Tentamos uma reestruturação sem sucesso. Partimos para uma cirurgia aberta. Retirei 26 cm do intestino. O resultado da biópsia foi o adenocarcinoma colorretal.


  • Instituto Oncoguia - Você enfrentou dificuldades para fechar o seu diagnóstico? Se sim, quais? Vanessa - Não, a biópsia foi fundamental para a definição.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Vanessa - Meu diagnóstico mudou no decorrer dos dias e passou a ser Adenocarcinoma Colorretal Metastático (CA pulmão). Desde o primeiro diagnóstico eu nunca me abalei. Fiquei triste mas resolvi viver.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Vanessa - Pode parecer maluquice mas minha maior preocupação até hoje é o financeiro. Estar afastada pelo INSS é muito impactante financeiramente.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Vanessa -
    Iniciei o protocolo folfox em 2020 logo após a cirurgia. Foram seis meses de tratamento e foi finalizado com sucesso.
     
    Em março de 2022 iniciei outro protocolo para a metástase pulmonar e me encontro nele até hoje.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Vanessa - Os dois são difíceis. Cada um com sua importância. Com os dois tipos de quimioterapia passei e passo mal. Não foi e continua não sendo fácil.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Vanessa - Sinto os efeitos a cada quimioterapia que eu faço. Eu tomo medicações que me ajudam, eu como coisas mais leves e frias, tomo bastante água com limão. Picolé ajuda muito também, mas dependendo do tipo de quimioterapia que você faz o gelado não combina.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Vanessa - Minha relação com meus médicos é ótima! Confiança total neles.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Vanessa - Minha oncologista é a mesma desde o começo. 
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Vanessa - Eu faço terapia há mais de 10 anos. Eu acho super importante e fundamental acompanhamento psicológico durante o diagnóstico e tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Vanessa - Apesar de estar afastada do trabalho há mais de 1 ano, tento viver minha vida da melhor maneira possível dentro das minhas possibilidades.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Vanessa - Estou afastada das minhas atividades.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Vanessa - Claro! Um deles foi o saque de meu FGTS. Me ajudou a amortizar algumas parcelas, mas estou estudando todos!
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Vanessa - Nunca desista de você!
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Vanessa - Melhorar a gestão dos hospitais da rede SUS e acabar com a roubalheira que existe em nosso país!
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