[Câncer de Mama] Barbara Pinto De Souza - Buca

Aprendendo com Você
Barbara Pinto de Souza - Buca
  • Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Barbara - Me chamo Barbara, tenho 37 anos, sou professora e moro em Atibaia, que é cidade da Evelin! Por sinal, conheci o Oncoguia por ela. Ela é uma das minhas maiores inspirações. Tenho uma noiva e estamos juntas há 6 anos e temos uma filha de 14 anos.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Barbara - Descobri o primeiro câncer em 2019, na mama esquerda. Era um nódulo que eu já tinha e descobri no exame de toque. Fiz ultrassom e a médica disse que não era nada, mas não me encaminhou para um mastologista. Eu fiquei segura, se a médica falou…. Fiquei com esse nódulo por três anos, até que ele cresceu muito e descobri que era câncer.
  • Instituto Oncoguia - Você enfrentou dificuldades para fechar o seu diagnóstico? Se sim, quais? Barbara - A dificuldade mesmo foi a primeira médica não ter me orientado melhor. Eu era leiga no assunto, ninguém na família tinha tido essa doença. Talvez esse nódulo poderia ter sido retirado antes de simplesmente virar um câncer.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Barbara - Eu fiquei sem chão. Estava sozinha no hospital, fazendo ultrassom e ali mesmo já me disseram que era 90% de chance de ser câncer. Eu só conseguia pensar na minha filha…que a batalha ia ser por ela. Eu nunca pensei em morte, pelo contrário, pensei em vida. Eu amo viver.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Barbara - Eu estava prestes a assumir um cargo público! Havia passado em três concursos. Estava na fase final de todos. Ia realizar o sonho de me tornar policial. Faltavam apenas os exames médicos e até então eu era uma pessoa saudável. Fui banida dos três concursos. Isso acabou comigo. Além de pensar em como cuidaria da minha filha diante de tudo isso, como ficaria o pscológico dela. Na época ela tinha apenas 9 anos.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Barbara - Eu descobri a doença em 2019. Passei por todo o processo; cirúrgico, quimioterapia e radioterapia. Passei com louvor,rs

    Em 2022 o câncer voltou no mesmo local, na mesma mama, embaixo da cicatriz da primeira cirurgia. Novamente operei. Quando recebemos a biópsia após a cirurgia, o médico disse que eu teria que fazer uma terceira cirurgia e retirar toda a mama, pois o diagnóstico era pior do que ele pensava. Estava me preparando pra essa terceira cirurgia, fazendo os exames…foi quando descobri metástase óssea. Na coluna e bacia.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Barbara - Acho que o processo todo é muito complicado. A dor da cirurgia, o incômodo de ver sua mama daquela forma, o cansaço da radioterapia, em ter que me deslocar para São Paulo todos os dias, por um mês para fazer as sessões. A quimioterapia é algo avassalador. Até hoje não sei explicar o que sentia! Fora os efeitos físicos, visíveis da queda de cabelo, as unhas fracas. Tudo muito difícil, mas eu enfrentei tudo com os pés nas costas. Quanto mais difícil ficava, mais eu sorria!
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Barbara - Fiquei absurdamente enjoada. Dava até falta de ar. Fui aprendendo a lidar. Tomava remédio antes mesmo dele vir. Ficar careca foi complicado, por causa da minha filha. Ela é muito vaidosa, foi difícil explicar pra ela que eu perderia os cabelos.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Barbara - Eu costumo dizer que meu médico é meu anjo da guarda! Ele é sensacional. Se tornou um amigo. Quando vou para as consultas conversamos sobre tudo, principalmente futebol, que é o que mais amo nessa vida.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Barbara - Eu passei com inúmeros médicos. Fisio, nutricionista, nutróloga, psicóloga e todos me abraçaram de forma muito amável. Foi essencial para mim!
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Barbara - Eu fiz! Hoje não faço mais, encontrei minha terapia no Boxe. Hoje entendo a minha doença. Tinha que ser assim, mas minha psicóloga foi necessária para eu parar de me perguntar o motivo disso tinha acontecido comigo.Talvez sem ela eu não teria a cabeça que tenho.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Barbara - Hoje eu entendo a doença. Entendo que não é o fim, apesar dela persistir em ficar aqui. Faço atividades físicas e sou feliz. Eu nunca deixei de sorrir, nem por um minuto.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Barbara - Atualmente estou afastada, por causa da metástase, as dores me impedem de dar aulas.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Barbara - Eu não tive muitos problemas sobre isso. Consegui me afastar com facilidade pelo INSS, por incrível que pareça. Eu gostaria de tentar me aposentar. Não sei se tenho condições de voltar para uma sala de aula atualmente.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Barbara - Para não desistirem e irem atrás dos seus direitos. Para sempre sorrirem e se cercarem de amor. O amor cura!
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Barbara - Através da Evelin! Ela é sensacional! Ela é minha maior inspiração para continuar!
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Barbara - Não desistam nunca do trabalho maravilhoso que vocês fazem!
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Barbara - O que eu gostaria de falar não dá nem pra escrever aqui, mas o câncer deveria ser visto com outros olhos. Dá pra salvar muitas vidas, basta querer!
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