[Câncer de Mama] Debora Tavares Da Costa

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Debora - Tenho 52 anos, sou vendedora, hoje afastada pelo INSS. Tenho uma filha de 33 anos e moro em Campinas - SP.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Debora -

    Acompanhava um nódulo na mama esquerda e ao fazer exame de acompanhamento anual foi constatado na mama oposta micronódulos. 


    Feita biópsia era câncer, fiz mastectomia mama direita para retirada do câncer e reconstrução da esquerda e eu insisti muito para o cirurgião retirar também a esquerda mas não obtive sucesso, era burocrático e poderia atrasar a cirurgia, então pedi para que na reconstrução retirasse o nódulo que estávamos acompanhando há dois anos e para surpresa do médico também era câncer. 


    Não tirei nem os pontos da primeira cirurgia e retornei para mastectomia na outra mama também. Tive complicações de necroses, talvez por causa de duas cirurgias seguidas, passei por sessões de hiperbárica para cicatrização e tive infecção hospitalar, da qual pensei que não passaria.



  • Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Debora -

    Tinha algo que me dizia que estava com câncer, mesmo antes da confirmação da biópsia. Com o diagnóstico me sentia perdida, vagando pelo mundo sem saber onde seria meu pouso. 


    Sem saber o que iria passar e se passaria. Pensava nos familiares, principalmente na minha filha única, como seria minha vida daquele momento pra frente.


  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Debora - Passei por um primeiro tratamento em 2018, com uma quimioterapia muito forte com algumas complicações, como infecção hospitalar, hidronefrose com algumas intervenções cirúrgicas, cateterismo e ablação devido arritmia adquirida.  Com algum socorro em pronto atendimento terminei, o médico falou que eu estava de parabéns.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Debora -

    Em 2018 devido complicações, medicação muito forte com baixa de imunidade, tomava sempre injeções na barriga para tentar aumentar a imunidade e continuar a quimioterapia.


    Tive um emagrecimento severo, fiquei careca, cirurgias, internações, depois tive outro diagnóstico em 2020 bem no auge da pandemia, que tive que passar novamente por cirurgia, quimioterapia e radioterapia. 


    Se para as pessoas era difícil conviver com a pandemia, imagina para mim neste momento? Nem acompanhante poderia ter, o medo era grande.


  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Debora - Foi difícil no começo, pois queria entender o tratamento e as informações vinham em partes, depois conseguimos nos entender.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Debora - Sim, mastologista, ginecologista, nutricionista, endocrinologista, hematologista, cardiologista, todos para tentar melhorar a saúde para continuar o tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Debora -

    Sim, fiz e continuo, a mudança é muito brusca e repentina e vai alternando conforme a fase. 

    Talvez não conseguisse sem essa profissional que te coloca para refletir sobre cada etapa e você consegue ir avançando no tempo certo, sem muito ansiedade, aceitando e confiando.


  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Debora - Estou em remissão, lidando e tentando melhorar as sequelas, um dia por vez.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Debora - Estou afastada pelo INSS, com perícias e tentando provar as sequelas e falta de condições de retorno ao trabalho, falo que travamos uma batalha com o câncer e outra com o INSS.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Debora - Retirada de FGTS, compra de carro com isenção imposto e isenção de IPVA no estado de SP.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Debora -

    Acho que as informações têm que vir na hora certa de cada etapa do tratamento. Usamos e ouvimos uma frase clichê, que vai passar, quando você está ouvindo você fica até com raiva de escutar e depois você entende que cada fase vai passando. 


    A partir do momento que você escolhe lutar é como uma maratona, você quer chegar no final mesmo passando por grandes percalços ao longo do tratamento.


  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Debora - Pelas redes sociais e indicação de amigas.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Debora - Continuem com o trabalho de vocês, que ajuda muitas outras pessoas. Infelizmente essa doença está cada vez mais presente.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Debora - Somente se coloquem no lugar do paciente oncológico, conhecendo um pouquinho dessa rotina que certamente  iriam agilizar os tratamentos, remédios, exames preventivos, entre outros.
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