[Câncer de Intestino Delgado] Adeci Pinheiro

Aprendendo com Você
Adeci Pinheiro
  • Instituto Oncoguia - Comece fazendo uma breve apresentação sobre você? idade, profissão, se tem filhos, casadoa, onde você mora... Adeci - Tenho 58 anos, não tenho filhos e sou solteira. 
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Adeci -

    Quando descobri o câncer, ele já estava em estágio avançado e havia perfurado o intestino e o baço. Após comer uma feijoada, comecei a sentir dores insuportáveis. A princípio, foi diagnosticado como intoxicação alimentar, mas continuei emagrecendo, tendo muito suor noturno e infecções urinárias altíssimas.

    Fiz vários exames e saí do laboratório direto para o hospital, com uma perfuração gravíssima no intestino. Por isso, acredito que é muito importante ter persistência nos exames, caso os sintomas não desapareçam.

  • Instituto Oncoguia - Você enfrentou dificuldades para fechar o seu diagnóstico? Se sim, quais? Adeci - A princípio sim, fiquei 03 meses fazendo vários exames até chegarem ao diagnóstico. 
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou diante do diagnóstico? Quer nos contar o que sentiu, o que pensou? Adeci - Quando recebi o diagnóstico do médico no laboratório ele disse que o meu caso era de extrema urgência que eu teria que ir imediatamente para o hospital, eu estava acompanhada de uma prima peguei meu celular avisei ao grupo da família o diagnóstico e disse que não queria que ninguém tivesse do de mim que apenas orassem por mim pois meu Deus era maior que essa doença e que ela não iria me levar
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Adeci - Em ficar forte e me apegar no único que poderia me ajudar e esse era Deus , não estou falando de religião e sim em fe ,busquei forças em Deus por isso estou aqui
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Adeci -

    O ocorrido foi em 22/08/2022. Passei pela cirurgia, retirei o baço e coloquei uma bolsa de colostomia, que usei por 9 meses. Fiquei 11 dias internada e passei por 18 sessões de quimioterapia.

    Em abril de 2023, surgiram dois nódulos malignos no fígado. Passei por uma nova cirurgia e fiz a reconstrução da bolsa de colostomia. Fiquei 10 dias internada.

  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é/foi o tratamento mais difícil? Por quê? Adeci - As quimioterapia, pois fiz 18 sessões, me deixava muito debilitada sem apetite, sem vontade de fazer nada. Cheguei a perder 16 kg durante o processo. 
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral do tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Adeci -

    Sim, conforme citei, durante a quimioterapia enfrentei fraqueza, falta de apetite, diarreia e ânsia de vômito. O que me ajudou foi a força de vontade, o desejo de viver e de superar logo esse processo. Busquei minha fé em Deus e, então, comecei a me alimentar mesmo sem vontade. Passei a fazer caminhadas dentro de casa, em vez de ficar deitada. Mesmo com dificuldade, comecei a reagir.

  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Adeci - A minha relação é ótima, é uma excelente profissional. 
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Adeci -

    Durante a internação, contei com o apoio do fisioterapeuta, e, na quimioterapia, com o acompanhamento da nutricionista. Hoje, além da oncologista, também sou acompanhada por médicos especializados em intestino e fígado, com consultas semestrais.

  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Adeci -

    Hoje levo minha vida de forma normal. Mudei alguns hábitos alimentares, pois é necessário, e evito tudo aquilo que, de alguma forma, pode me fazer mal. Aprendi a me amar, a me valorizar mais e a crer que nada, absolutamente nada, é impossível para aquele que crê. E eu creio muito em Deus. Não estou falando de religião, e sim de Deus.

  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Adeci - Continuo parada devido aos acompanhamentos trimestrais, mas pretendo voltar assim que passarem a ser semestrais - o que será em breve. 
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Adeci - Só a insenção do IR.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Adeci -

    Que ela busque força, fé e confiança em Deus, e que lute bravamente contra essa doença, pois ela pode, sim, ser vencida. Essa doença não é maior que Deus. Que ela acredite também nos profissionais de saúde, que estudaram e continuam estudando para nos ajudar, para amenizar nossas dores e tirar nossas dúvidas. Para mim, eles são anjos em forma de gente, e a nossa vitória é a vitória deles também.

  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Adeci -

    Que continuem amparando os pacientes oncológicos, pois muitos não têm apoio de amigos e familiares. Graças a Deus, esse não foi o meu caso, mas muitos são abandonados durante esse processo.

  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Adeci -

    Que a espera pela cirurgia e pelo tratamento seja diminuída, pois o sofrimento é muito grande. No meu caso, tudo aconteceu muito rápido. Recebi o diagnóstico, fui internada no mesmo dia e, dois dias depois, fiz a cirurgia — tudo pelo SUS, em um hospital de referência no tratamento. Mas, infelizmente, não é assim para todos. Por isso, volto a dizer: em tudo, vejo a mão de Deus.

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