[Câncer de Mama] Bel Costa

Aprendendo com Você
Bel Costa
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Bel - Sou a Bel, atualmente tenho 23 anos (fui diagnosticada com 20), estudante de Direito, não sou casada e não tenho filhos, sou de Brasília - DF.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Bel - Senti um nódulo na mama esquerda durante um autoexame no banho.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Bel - Não apresentei sinais, na verdade, fiz um ensaio de fotos 3 meses antes de perceber o nódulo e, quando recebi as fotos, percebi que minhas mamas estavam diferentes. Eu tinha silicone desde os 18 anos, então achei que pudesse ser no máximo algo com as próteses. Não dei muita importância, pois achei que pudesse ser vaidade demais e jamais imaginaria que estaria com câncer.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Bel - Na verdade, a primeira dificuldade foi receber o diagnostico de maneira insensível e desumana por um oncologista da minha cidade. Depois disso procurei outros profissionais e fui muito bem acolhida.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Bel - Fiquei perdida, fiquei uma semana inteira sem acreditar que aquilo pudesse estar acontecendo comigo. Pensava o tempo inteiro que era jovem, não tinha realizado meus sonhos e estava com uma doença séria que poderia tirar a minha vida.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Bel - Ficar bem, saudável e me curar.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Bel - Eu já finalizei o tratamento em 2018, fiz 16 sessões de quimioterapia, realizei mastectomia radical bilateral (pois sou portadora de uma síndrome que se chama Síndrome de Li-Fraumeni), fiz quimioterapia oral e hoje sigo em um acompanhamento de 6 em 6 meses por conta da Síndrome e também faço hormonioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Bel - Sem dúvidas o tratamento como um todo é muito difícil. Cada fase tem a sua particularidade. Mas, acredito que sofri muito pós mastectomia. Foi duro me ver sem os dois mamilos, cheia de pontos, cicatrizes e mutiladas. Foi muito difícil. Eu tinha 21 anos e me achava muito diferente das meninas da minha idade. Depois passou, entendi que a vida é assim, que eu precisava ter passado por isso para ficar bem.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Bel - Muitos! Enjoos, inchaço, tontura, unhas fracas e quebradiças... Eu me alimentei muito bem, me hidratei bastante, cuidei da minha alimentação e da minha rotina.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Bel - Excelente. Ele é um anjo na minha vida. Sou muito grata por tê-lo como médico.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Bel - Sim, vários! Enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas... Porque o tratamento oncológico é multidisciplinar e acho que é essencial ter uma boa relação com todos.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Bel - Fiz durante o tratamento, é importante para nos ajudar a clarear nossos pensamentos, bem como para nos ajudar a entender o que estamos sentindo no momento.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Bel - "Normal" dentro do possível. Faço hormonioterapia ainda, acompanhamentos de 6 em 6 meses por conta da Síndrome de Li Fraumeni, criei um projeto (instagram) para informar os pacientes com câncer e tento disseminar para as pessoas informação de qualidade. Também criei um blog  aonde contei todo o meu tratamento. Pude ser para jovens da minha idade que são diagnosticadas atualmente o que eu não tive lá atrás: referência para meninas que são diagnosticadas tão jovens (embora seja raro, essas meninas existem).
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Bel - Eu parei de estudar por 6 meses enquanto fazia quimioterapia, mas retornei e atualmente estou quase me formando na faculdade.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Bel - Sim. Isenção de IPVA e compra de veículo automotor com desconto.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Bel - Me especializar em Direito à Saúde e contribuir para o empoderamento do paciente com câncer.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Bel - Evite sair lendo tudo pela internet. Confie no que seu médico diz, siga à risca o seu tratamento, tenha fé e não se cobre tanto. Tudo ao seu tempo.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Bel - Conheci o Oncoguia em 2017 quando fui convidada para ser causadora Oncoguia, sou eterna admiradora do Onco e sempre recomendo aos pacientes que me procuram.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Bel - Nenhuma sugestão, mas apenas deixo aqui a minha admiração pelo belo trabalho feito pelo Onco.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Bel - Mais agilidade na efetivação das políticas públicas que são voltadas ao paciente com câncer. O câncer não espera!
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