[Câncer Colorretal] Edmilson Da Silva Teixeira

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Edmilson - Sou Edmilson, 42 anos, trabalho como Gestão de Projetos TI, casado e com 2 filhos, residindo em São Paulo, capital.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Edmilson - No meu caso, o câncer foi descoberto após procurar o Pronto Atendimento do Hospital que atendia ao meu plano de saúde, após um período de fortes dores e inchaço na região afetada pelo tumor, que até então não era do meu conhecimento.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Edmilson - Fezes pastosas. Sensação de que o intestino não era completamente esvaziado. Dores abdominais fortes e tipo cólica, inchaço abdominal. Perda de peso sem um motivo específico. Cansaço e fadiga constante.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Edmilson - Não encontrei dificuldades. Graças a Deus, no momento em que procurei o Pronto Atendimento, o médico me direcionou para exames de sangue e uma tomografia para entender o motivo das fortes dores e inchaço. Após algumas horas a tomografia apontava a suspeita da neoplasia que, ocasionou a minha internação e após 2 dias de exames, a colonoscopia comprovaria.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Edmilson - Fiquei surpreso em descobrir que todos os sintomas estavam relacionados ao câncer colorretal, mesmo tendo acompanhado de perto o caso do meu sogro a mais ou menos 1 ano e meio antes. Fiquei bastante triste e me veio a preocupação com minha esposa pelo que ela já havia passado com o pai e que estávamos prestes a encarar, bem como, preocupado com os nossos filhos.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Edmilson - Minha maior preocupação foi com a minha esposa e filhos. Também fiquei preocupado como minha mãe encararia tal notícia visto que meu pai faleceu de câncer no esôfago.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Edmilson - Procurei o PS no dia 9/7/2014, um dia após a triste derrota do Brasil para a Alemanha na copa aqui em nosso país. Neste mesmo dia fui internado e submetido a uma colonoscopia em 11/7/2014, exame que possibilitou certificar quanto a existência do tumor e determinar o procedimento cirúrgico que foi realizado em 14/7/2014. O procedimento foi realizado através da laparoscopia, sendo removido aproximadamente 15 centímetros do intestino, 5 cm destes afetados pelo tumor. Na sequência realizei 12 sessões de quimioterapia (entre agosto/2014 a fevereiro/2015), com intervalos de 15 dias entre cada uma, composto folfox. No momento estou realizando o acompanhamento e exames rotineiros sendo considerado curado. Desde quando encerrei as sessões de quimioterapia já realizei 2 vezes o exames de colonoscopia sendo retirados alguns pólipos que, graças a Deus, nenhum deles malignos.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Edmilson - Quimioterapia com o Folfox devido necessidade em ficar com a bombinha durante 48 horas após 1 período de quimio realizado no hospital e certamente os efeitos colaterais.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Edmilson - Vários sintomas: Dores pelo corpo, cansaço, fadiga e ânsia. Foi um período difícil que venci com a ajuda de Deus, Minha esposa e filhos que me ajudavam a cada nova sessão. Minha esposa esteve presente em 11 sessões de quimio e minha filha, de apenas 13 anos acompanhou na penúltima. Eles me ajudavam com massagens, dando remédios, ajudavam no banho nos dias em que eu estava com a bombinha para não molhar, enfim, não arredaram o pé um só minuto.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Edmilson - Foi uma ótima relação, pois no setor de oncologia do hospital São Camilo, aqui em São Paulo, no qual realizei todo treinamento e ainda estou realizando o acompanhamento, encontramos uma ótima médica que ficava a disposição o tempo todos, nos deixando o celular e que durante todo o período esclareceu as nossas dúvidas e prestou todo o suporte relacionado ao tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Edmilson - No meu caso não necessitei de acompanhamento psicológico, pois continuei trabalhando, exceto nos dias em que realizava a quimio no hospital e retirada da bombinha, bem como, nos dias em que os efeitos do tratamento eram pesados. De forma geral consegui conviver bem com tudo isto e o apoio da minha esposa, filhos, familiares e amigos foi de total importância.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Edmilson - Trabalho normalmente, realizando o acompanhamento periódico na oncologia, procto, gastro, cardiologista e demais especialidades conforme orientação da equipe que acompanha o meu caso. Parei de fumar e beber no dia em que fui internado e que detectaram a doença.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Edmilson - Continuo trabalhando normalmente e só me afastei nos dias em que realizava a quimio no hospital e dia para retirada da bombinha, bem como, nos dias em que os efeitos do tratamento eram pesados. Todos os outros continue trabalhando normalmente.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Edmilson - Recentemente dei entrada no resgate do FGTS.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Edmilson - Curtir a cada dia a minha família, não trabalhando até a exaustão com fazia anteriormente, continuar cuidando da saúdo com os acompanhamentos periódicos e o que não consegui realizar até o momento, é emagrecer e ter uma vida mais saudável e com alimentação regrada, exercícios e outras recomendações para quem já passou por tal patologia.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Edmilson - Nunca desistir de viver. Se possível continuar trabalhando e nunca perder a sua fé. A família e amigos são de total importância no momento, boas conversas, nada ou pouco relacionadas ao caso. Pensamento positivo. Ações estas que ajudarão a cada dia.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Edmilson - Busca em sites na internet para saber detalhes relacionados ao que estava e iria enfrentar.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Edmilson - Avaliar a possibilidade de promover ações voluntárias para que pessoas como eu, possam contribuir ativamente com pessoas que estão enfrentando casos semelhantes.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Edmilson - Infelizmente o SUS, apesar de teoricamente ser um dos modelos melhores desenhados no mundo, pouco se desenvolve na prática. Se faz necessário rever o modelo hoje utilizado no tratamento do câncer no Brasil e todo o processo de acompanhamento e apoio familiar, pois se conseguirem atingir só 50% de que foi o meu tratamento no convênio, certamente reduziria e muito os casos de óbito.
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