[Câncer de Mama] Sonia Regina Cardoso Barbosa

Aprendendo com Você
Sonia Regina Cardoso Barbosa
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Sonia - Tenho 58 anos, sou professora e contadora, 2 filhos, separada, Rio de Janeiro/RJ.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Sonia - Eu descobri o nódulo 2 anos antes de operar, desde muito pequeno, mas o médico do Plano de Saúde - Unimed, dizia que não era nada. Durou 2 anos me consultando e sempre a mesma história. Aí eu fiquei sem plano de saúde e fui até uma médica particular, que achou o nódulo muito aderido e me encaminhou para o SUS (Hospital Federal), onde ela tinha contato com a chefe da mastologia. E lá fui atendida, fiz a biópsia imediatamente e comecei os exames pré-operatórios.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Sonia - Não, somente o nódulo que eu mesmo descobri.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Sonia - O médico do plano de saúde dizia que não era nada.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Sonia - Eu já tinha certeza, pois minha família (mãe, irmã, tias e avó) morreram de câncer de mama. Eu passei a vida esperando que ele aparecesse. Já sabia os procedimentos, fiquei tranquila. Não entrei em desespero.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Sonia - Operar e tirar a mama o mais rápido possível.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Sonia - Eu felizmente não tive metástase. Tirei a mama toda por opção minha, a médica do SUS queria tirar só o quadrante. Não fiz quimio. Ia fazer imunoterapia, mas como tenho artrite reumatoide, o oncologista não se sentiu seguro para isso.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Sonia - Creio que a quimio deva ser a mais difícil, pois a operação foi bem simples e eu reagi muito bem. Hoje tomo anastrozol há 1 ano.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Sonia - Estou bem, graças a Deus. Tomo muita medicação em razão da AR e do meu problema de coração (já tive 2 infartos).
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Sonia - Meu oncologista é maravilhoso e é do SUS. O tratamento do Hospital Cardoso Fontes é de primeira linha.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Sonia - Fiz fisioterapia, o que me ajudou a não ter linfedema.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Sonia - Não, não fiz.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Sonia - Tranquila, mas estou ansiosa tentando uma consulta com a Mastologista, pois surgiu um nódulo na mama esquerda. O meu tipo é II, ductal infiltrante.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Sonia - Trabalho, mas não dou mais aulas. É cansativo ficar de pé. Trabalho só com contabilidade.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Sonia - Estou aguardando documentação para tirar meu PIS, mas ainda não consegui.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Sonia - Quero viajar, muito, e continuar estudando.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Sonia - Que não espere um dia sequer para fazer a operação. Vi muita gente postergando e quando foi operar já estava com metástase avançada. É muito rápido a evolução da doença, não pode ter medo. O tempo é tudo.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Sonia - Pelo facebook.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Sonia - Invistam na orientação para que as pessoas não tenham medo ao encontrar um nódulo. O tempo de reação é fator primordial na nossa sobrevida. Insistam na campanha do "Não ter medo do câncer". Quanto mais rápido tirar melhor. Ele não vai sumir, se você evitar pensar nele. É isso.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Sonia - Infelizmente cresce a cada dia o número de pessoas com câncer. É necessário conscientizar, e facilitar o atendimento. Muitas pessoas que precisam do SUS não tem atendimento imediato, os médicos não dão a devida importância a paciente que chega ao consultório com um nódulo. É essencial que seja criado em cada PAM ou Posto um atendimento específico para pacientes com suspeita de câncer. Operando logo, antes da metástase, vai economizar muitos milhares de reais aos cofres públicos com quimio e outros tratamentos. E nós teremos uma sobrevida saudável e feliz.
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