[Câncer de Mama] Silvana Barbosa

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Silvana - 49 anos, aposentada, 1 filho e solteira.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Silvana - Tive alguns cistos nas mamas e fazia mamografia e US da mama a cada 6 meses. Comecei a sentir dor, troquei de ginecologista porque o outro dizia que não tinha nada e ele solicitou uma biópsia.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Silvana - Dor no seio, inchaço e o "bico" começou a ficar enrugado.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Silvana - Nenhuma.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Silvana - Fiquei sem chão! Chorei muito (e choro até hoje). Não conhecia o câncer e a primeira coisa que pensei foi na morte.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Silvana - No meu filho de 17 anos.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Silvana - Comecei em dezembro em Lupron, Anastrozol e Pamidronato para metástase no osso da bacia. 2 meses atrás, com o resultado de uma cintilografia óssea, trocamos para Examestano. Fiz nova cintilografia e tomografia e a doença não aumento. Continuo o tratamento com Lupron/Examestano e Pamidronato. Daqui 11 meses farei a retirada dos ovários.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Silvana - Se for para o câncer, não fiz quimioterapia e acredito que seja o mais difícil. Agora, em linhas gerais, difícil é o tratamento da "cabeça". É preciso tirar a doença da cabeça para conduzir melhor a vida.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Silvana - Sim, vários. Com o tempo os efeitos foram amenizados e hoje estou tranquila.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Silvana - Bom, trato no HC de Barretos e lá tem uma equipe de oncologistas e nem sempre sou atendida pelo mesmo médico. Acho isso muito ruim, porque você não cria vínculo com o médico. Não acho legal, porque da insegurança e você se sente só mais uma na multidão.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Silvana - Sim, resposta na 10.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Silvana - Não faço. No HC Barretos tem profissionais, mas moro em outra cidade e fica difícil o acompanhamento. Existe uma fundação do câncer na minha cidade, mas tentei por duas vezes e não consegui atendimento.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Silvana - Estou bem. Sou espírita e agora que não estou trabalhando, estou me ocupando nas atividades voluntárias. Tenho lido muito sobre o câncer e estudado diversos assuntos. Fiquei muito sensível com tudo isso, tenho planos e sonhos, mas procuro sempre viver o hoje.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Silvana - Tinha parado antes do diagnóstico e aposentei.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Silvana - Sim, isenção do IRRF na aposentadoria. Sou aposentada por tempo de serviço, caso tiver que fazer mastectomia (ouvi falar que da invalidez), vou ver se consigo re-aposentar por invalidez.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Silvana - Estou acabando de construir minha casa e vou mudar independente do estado que estiver. Meu filho vai para a faculdade em 2016 e penso em mudar para onde ele for e trabalhar por conta em casa.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Silvana - É um momento terrível, dificil e de pensar em muita coisa. Esfriar a cabeça, procurar saber exatamente como está o seu quadro clínico, tipo de tumor, estadiamento, se tem metástase e se sim, onde. Sei que é difícil nessa hora, eu levei um tempo para entender tudo e conhecer o câncer. Depois, procure saber se você irá tratar no SUS ou em particular. Tem medicamentos que os planos de saúde oferecem e que no SUS não tem. Hoje eu, com metástase óssea, descobri que posso tomar um medicamento que o SUS não fornece e devido às mudanças que ocorreram na minha vida, ficou inviável continuar com plano pago. Por isso, entrem no www.pormaistempo e assinem a petição para liberar esse remédio na rede pública.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Silvana - Indo em busca de informações na internet sobre o câncer.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Silvana - Dar cada vez mais informação. Infelizmente a gente acha que nunca vai acontecer com a gente, principalmente se você não tem/teve caso na família. Informar, esclarecer e chamar atenção para a doença.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Silvana - Melhorar a saúde pública, investir na prevenção e liberar para a rede pública novos medicamentos terapia-alvo! Isso vai melhorar muito a sobrevida e qualidade de vida de muitas pessoas.
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