[Câncer de Estômago] Rubia Eirado Souza Armede

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Rubia - Meu nome é Rubia, moro em Salvador/ BA, sou advogada, tenho 39 anos, sou casada e tenho uma filha de 13 anos.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Rubia - Em fevereiro de 2019, comecei a sentir fortes dores de estômago, como sempre tive gastrite, achei que era apenas mais uma crise e me medicava. As dores passavam, mas 15 / 20 dias depois elas retornavam bem intensas e diferentes das crises de gastrite que sempre tinha. Em maio resolvi fazer a endoscopia e, para meu desespero, no dia 17/5/2019 recebi o resultado da biópsia com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Rubia - Apenas dores de estômago...
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Rubia - Meu mundo desabou, a vida, a rotina saiu completamente dos trilhos. Uma sensação de fraqueza perante tudo e todos... Dentre tantos pensamentos confusos, o medo imperou nesse momento.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Rubia - A morte.... principalmente pelo fato de ter uma filha....
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Rubia - Atualmente estou em remissão, faço exames de seguimento oncológico a cada 3 meses. Passei por 4 meses de quimioterapia e logo em seguida, a cirurgia para retirada total do estômago. Como se não bastasse o medo do desconhecido, da iminência abrupta da sua finitude, e tantos outros dilemas emocionais , é preciso lidar com diversos efeitos físicos e sequelas, que vão muito além da queda do cabelo....
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Rubia - Apesar das quimioterapias serem muito difíceis, avalio que a gastrectomia total é mais dura. É preciso passar por um processo longo de readaptação alimentar e perdemos peso e força, além de ter uma série de efeitos colaterais. Não sabemos se algum alimento vai te fazer bem e é um processo irreversível...
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Rubia - Sim .. Tive vários efeitos colaterais, principalmente com as quimioterapias. Mucosite, náuseas, neuropatia periférica, fadiga , alopecia... O apoio de uma equipe multidisciplinar ajuda muito a contornar esses efeitos.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Rubia - Minha relação é muito boa. Importante ter confiança no médico que te acompanha nesse período ímpar.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Rubia - Sim. Nutricionista, Psicologia, Enfermeiros. Esse suporte me fez passar pelo tratamento de forma mais leve. Eles nos auxiliam, pois o tratamento não é apenas medicamentos e cirurgia.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Rubia - Em alguns momentos, precisei desse suporte. O apoio psicológico é fundamental, pois sozinhos não conseguimos dar conta de controlar nossa mente e manter um equilíbrio para encarar o tratamento. Por mais que a família e ou os amigos ajudem, a ajuda profissional é fundamental.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Rubia - Estou reaprendendo a viver, valorizar pequenas coisas, a ser grata, a ter paciência, a buscar o auto conhecimento, o auto equilíbrio e a perdoar....Você se reinventa e se redescobre. Levanta e, apesar das cicatrizes, recomeça a andar mais leve, mais forte e mais grata. Vai retomando o trabalho, fazendo planos, vivendo e aprendendo a cada dia.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Rubia - Parei de trabalhar durante o tratamento, cerca de 1 ano. Estou retomando ao trabalho.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Rubia - Sim. Saque FGTS e auxílio doença.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Rubia - Ajudar pessoas que tem diagnóstico de câncer, seja com depoimentos, diálogos etc.. Investir no meu auto conhecimento. Passar mais tempo com a família.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Rubia - O câncer não é uma sentença de morte. É mais um obstáculo que surge no nosso caminho. É difícil, duro, cruel, sofrido, mas não é intransponível!
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Rubia - Pelas redes sociais.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Rubia - É preciso investir em saúde pública! É preciso investir em políticas de prevenção e sobretudo proporcionar tratamento digno aos pacientes com câncer, uma vez que, as chances de cura e controle da doença, aumentam a cada dia, assim como o número de pacientes com diagnóstico de câncer. É preciso um olhar diferenciado.
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