[Linfoma de Hodgkin] Roberto Ambrósio

Aprendendo com Você
Roberto Ambrósio
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Roberto - Meu nome é Roberto, tenho 37 anos, casado com a Kyara, padrinho de 4 lindas crianças, servidor público federal e moro em Brasília/DF.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Roberto - Em junho de 2016 comecei a sentir dores constantes na área do tórax. Essas dores chegaram ao ponto que precisei ir a urgência de um hospital em Brasília. Lá o médico pediu exames que logo que ficaram prontos já fez com que me direcionasse para um cirurgião-torácico que logo na primeira consulta disse que suspeitava ser um Linfoma.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Roberto - Principalmente dores, sudorese noturna, perda de peso, fraqueza e cansaço.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Roberto - A dificuldade pelo fato de serem dois tipos de tumor. Quando da realização da primeira biópsia foi identificado somente um deles, o tumor miofibroblástico inflamatório (benigno). O Linfoma, infelizmente, só foi descoberto quando da realização de uma segunda biópsia.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Roberto - Receber um diagnóstico de uma doença assim nunca é fácil. Mas a indefinição que estava antes era pior. Na primeira consulta, em que me foi dito que poderia ser um Linfoma realmente fiquei preocupado e inseguro. Mas a certeza que tinha é que não tinha direito a fraquejar. Pelos exemplos que tive na minha vida sabia que encararia de frente todo o tratamento. E desde aquele dia penso sempre que ainda tenho muito a escrever no Livro da Vida.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Roberto - A maior preocupação era pelas pessoas que amo. Sabia que aquilo seria um baque para todos eles e eu precisaria ser forte. Vi nos olhos da minha esposa toda a preocupação que ela estava sentido e não queria vê-la assim. Pensei que ainda que queria ter filhos, conhecer o mundo, fazer parte da criação dos meus afilhados. Tinha medo de não conseguir fazer tudo isso.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Roberto - Como tive um Linfoma de Hodgkin Clássico em estágio 2B o tratamento foi de 8 sessões de quimioterapia e 17 sessões de radioterapia. As quimioterapias eram intercaladas a cada 15 dias e as sessões de radio, após o término das quimios, eram diárias. Terminei a quimioterapia em fevereiro de 2016 e a radioterapia em março de 2016.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Roberto - Não sei precisar. Tentei encarar de frente todas as etapas. A quimioterapia é uma roleta de sintomas. A radioterapia te dá fraqueza, fora que pode dar algum tipo de queimadura na pele. Mas segui bem as orientações médicas, mais as dicas aqui do site, que ajudaram bastante.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Roberto - Tive alguns sintomas como enjoo, prisão de ventre, fraqueza, etc. Como disse, segui ao máximo as orientações dos médicos e dicas que lia em páginas especializadas, como essa.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Roberto - Nossa relação foi e é excelente. Consegui ter acompanhamento de uma hematologista excelente, que além de grande profissionalismo e conhecimento, também é muito humana.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Roberto - Além da Hematologista tive acompanhamento de um Cirurgião torácico responsável pelas minhas duas biópsias, a radiologista para a parte de radioterapia, bem como o oncologista que acompanhou o tratamento do tumor miofibroblástico. Todos excelentes profissionais e que chamo carinhosamente de anjos.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Roberto - Na clínica onde fiz o tratamento havia equipe de psicólogos. Quando da primeira sessão de quimio pediram que fizéssemos entrevista, mas acabou não sendo necessário o acompanhamento. Mas acho essencial, caso a pessoa não se sinta preparada para passar por tudo aquilo.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Roberto - Está ótima, graças a Deus! Me permito ver a vida de outra forma. Faço atividades físicas, curto a esposa e a família, voltei ao trabalho e tenho uma vida normal, salvo os exames de rotina a cada 6 meses. Lembro que tive uma doença grave, sigo todos os protocolos, mas sei que a vida segue e isso é essencial!
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Roberto - Voltei a trabalhar logo após o término do tratamento. Acho que foi essencial também para a manutenção da saúde mental.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Roberto - Não.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Roberto - Viver a vida que Deus me permitir ter, por quanto tempo ele me permitir ficar. Ter filhos, viajar, viver uma vida menos corrida e estar mais próximo das pessoas que amo.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Roberto - Encare, seja o que for, de frente. Busque conhecimento sobre o tema. O medo é normal, mas não deixe que ele se torne um obstáculo para encarar seu tratamento. Deixe as pessoas que são próximas cientes, seja dos avanços, seja das dificuldades do tratamento. Busque profissionais em quem possa confiar. Acima de tudo tenha sua fé, pois a cabeça boa durante todo o tratamento é essencial.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Roberto - Através de pesquisas na internet acerca do tema. Através de vocês tirei inúmeras dúvidas que tinha durante o tratamento. Como eu disse, conhecimento acerca da sua doença é essencial.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Roberto - Tenho elogios, na verdade, pelo material que disponibilizam para todos. Parabéns!
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Roberto - Primeiro respeitem o cidadão, pois o acesso à saúde é direito constitucional. É vergonhosa a estrutura de saúde que é ofertada em inúmeras cidades desse Brasil. Que as pessoas tenham atendimento digno e de qualidade.
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