[Mieloma Múltiplo] Ricardo Henrique C. De F E Mello

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Ricardo - Casado 4 filhos e um neto, 63 anos, engenheiro empresário, Rio de Janeiro, RJ.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Ricardo - O diagnóstico foi difícil e tardio pois os médicos brasileiros não estão cientes dos sintomas desta doença. Foi um osteopata que desconfiou e mandou fazer exames mais apurados. Mas a coluna já estava muito afetada e cinco costelas quebradas.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Ricardo - Muitas dores na coluna, que julguei serem de um tombo que tinha levado, além da diferença que tenho nas pernas devido a poliomielite. Mas como sou esportista, nadador de maratonas em mar aberto, os problemas de coluna haviam terminado a muitos anos... Isto mascarou a verdadeira causa das dores e as radiografias já mostravam manchas nos ossos, só que os ortopedistas, ao que parece, não conhecem esta doença.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Ricardo - Ignorância dos médicos, principalmente ortopedistas.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Ricardo - Já havia controlado somente com a mente um câncer de próstata diagnosticado em 2005. Até hoje o meu PSA é quase normal para minha idade, acompanho a cada 4 meses. Não tive nenhuma reação muito negativa ou depressiva.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Ricardo - O trabalho, minha família e várias famílias que dependem diretamente dele.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Ricardo - Em abril 2014, fiz o transplante de medula, enfrentei sem nenhum temor todos os procedimentos que pintavam como 'terrível' e levei numa boa. O fato de eu ter sido também praticante de artes marciais desde pequeno facilitou a minha resistência a dores e desconfortos. A recuperação foi excelente e elogiada por todos. O problema é que em menos de dois anos a doença voltou e agressiva, isto me deixou como estou hoje, arrasado. Sem muita esperança, estou me preparando para um segundo transplante que ainda tenho duvidas se devo fazer.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Ricardo - O transplante realmente não é nada agradável para pessoas mais sensíveis.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Ricardo - Só perdi os cabelos no transplante. Como já eram poucos e fiquei bem careca, mantenho a careca até hoje!
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Ricardo - Tive a sorte de encontrar a Oncotech com seus brilhantes médicos, Dr. Eduardo Medeiros e Dra. Renata Lyrio. Tive a bênção de fazer o transplante no hospital das clínicas de Niterói, com uma equipe de profissionais altamente qualificada que trabalha com humanidade, atenção e ternura, muito acima do que normalmente esperamos.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Ricardo - Tenho um Clínico Homeopata que me acompanha há mais de 15 anos, Dr. Luis Stern, da Clínica da Família. O apoio dele foi sempre fundamental para enfrentar estes tempos difíceis.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Ricardo - Hoje não tenho tempo nem recursos para tal. Precisaria, mas não vejo como. Fui à um psiquiatra e muito relutantemente estou tomando um remédio em dose mínima para ajudar a não entrar em depressão. Para mim isto é muito duro, pois sempre pratiquei meditação e busquei espiritualidade, mas nesta reincidência pedi todos os contatos e a capacidade de relaxar e entrar em estado de meditação.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Ricardo - Totalmente destruída, empresa falida em função dos escândalos da Petrobras e da corrupção do pais. Tinha minha empresa há 20 anos, trabalhava principalmente com soluções, projetos e fornecimentos, equipamentos e estruturas para apoio de navios de lançamentos de linhas, (todos contratos da Petrobras), os quis foram embora do pais.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Ricardo - Somente parei quando estive internado, mesmo doente e com dores fortes, andando escondido de muleta, fui a indonésia fazer um levantamento de um navio, voltei do aeroporto de Singapura em cadeira de rodas... Mas fiz!
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Ricardo - Não tive tempo nem oportunidade, os advogados que deleguei não fizeram, estou em dificuldades quanto a este ponto. Não consigo me aposentar, embora tenha direito. Preciso de ajuda nesta questão.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Ricardo - No momento nenhum. Pois se o primeiro transplante não durou nem dois anos, o que esperar do segundo?
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Ricardo - Não acredite em estatísticas, não se deixe envenenar mentalmente. Todo o câncer tem um "gatilho emocional / espiritual", busque este e tente eliminar seus efeitos da sua mente.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Ricardo - Google.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Ricardo - Parabéns.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Ricardo - Prefiro me calar, pois não quero utilizar palavras de baixo escalão.
Multimídia

Acesse a galeria do TV Oncoguia e Biblioteca

Folhetos

Diferentes materiais educativos para download

Doações

Faça você também parte desta batalha

Cadastro

Mantenha-se conectado ao nosso trabalho