[Câncer de Mama] Regina Celia De Souza

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Regina - Eu não quero dividir minha experiência porque ela foi traumática, não devido ao câncer, mas outras coisas que aconteceram pelo caminho.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Regina - Por uma mamografia - de diagnostico benigno - e vista por vários mastologistas que leram o diagnóstico da radiologia, mas não analisaram a imagem. Aí uma médica de outra especialidade por um acaso teve a mamografia nas mãos e viu que não era benigno.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Regina - Dor na mama, secreção sebosa no bico do seio e peso do seio, que ficou maior que o outro.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Regina - Encontrei a dificuldade da ignorância e da vaidade de alguns médicos que não aceitam que médios de outras especialidades façam um diagnóstico que ele foi incapaz de fazer.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Regina - Fiquei normal. O que tem que acontecer, acontece, não adianta chorar no leite derramado que a gente não cata, segui em frente.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Regina - A minha única preocupação foi o meu próprio sofrimento físico e o da minha família.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Regina - Eu estou na fase do Anastrosol por 5 anos.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Regina - Radioterapia. Eu tive a perda do pulmão direito por fibrose, tive a mama toda queimada, a pele toda estragada e irrecuperável, tanto que não vou poder fazer reconstrução da mama pois não tenho tecido saudável.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Regina - Os efeitos colaterais variam de pessoas. Eu tive 4 pneumonias, uma fibrose e várias insuficiências cardiorespiratorias.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Regina - Odeio.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Regina - Todos os outros profissionais que estiveram no meu caso eu agradeço e elogio. Grandes profissionais, dedicados, piedosos, compreensivos e interessados no que fazem.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Regina - Fiz acompanhamento psicológico por minha conta, porque meu oncologista fez o favor de me indicar para tratamento psicológico.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Regina - Eu estou trabalhando. Trabalhando sempre.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Regina - Trabalhando. Vou parar o dia que eu morrer ou não tiver mais lucidez para exercer minhas atividades de redatora.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Regina - Que direitos? O Plano de Saúde não quer me dar o medicamento e o SUS diz que também não dá porque o Plano deveria dar, só que meu plano tem 25 anos e na época não contemplava cobertura para remédios de câncer, só remédios em regime de internação e que devo dar graças a Deus que cobriram todas as cirurgias, mas os remédios irão dar.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Regina - Tenho 70 anos e sou redatora, crio blogs, e textos para blogs e sites. Tenho 4 grupos relacionados com terceira idade no Facebook e vivo deste relacionamento que pra mim são super saudáveis.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Regina - O conselho seria: Aceite - não se entregue - Lute. Não deixe a bola cair, porque se você se jogar numa cama, não sai mais. Toda doença é assim, não podemos deixar que ela comande nossa vida e sim nós comandamos e respeitando as nossas fraquezas, não dar brecha para que a doença tome conta da gente.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Regina - Pela internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Regina - Que se fale menos de doença e mais de vida. Que se fale menos em consequências do câncer e mais de luta e conscientização, porque a vida é finita e temos que viver enquanto estamos vivos, mesmo que doentes. Família não gosta de gente chorona e câncer é uma doença de longa duração se chorarmos muito afastaremos família e amigos.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Regina - O que eu acho é que deveria ter mais consciencialização dos médicos. Que precisam ser mais humanos e olhar para a doença com menos olhos científicos e mais humanitários. Porque podem fazer muito pelo paciente se deixarem principalmente de fazer da medicina um campo de guerra, onde o médico de outra especialidade não pode dar pitacos.
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