[Câncer Colorretal] Maria Das Dores Nascimento Vicente Zarzour

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Maria - Tenho 51 anos, três filhos, de 24, 22 e 17 anos, sou casada a 28 anos. Sou dona de casa, mas já fui professora de dança. Moro em Guarulhos, São Paulo, desde nasci.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Maria - Descobri a doença eu tinha 36 anos, um ano depois de meu pai ter falecido com a mesma doença, mas que só foi diagnosticado na madrugada anterior ao seu falecimento. Então meu desespero foi total, quando o medico deu o diagnostico, depois de passar por vários exames.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Maria - Os sintomas eram sangue nas fezes, no começo não dei importância, mas começou a piorar, e aí procurei um médico. 
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Maria - Dificuldade de aceitar, pois via essa doença como algo sem volta, sem solução. Minha preocupação estava nos meus filhos, pois a caçula tinha três anos apenas.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Maria - Como disse foi muito difícil, pois o câncer sempre assusta, e no caso eu me senti perdida, chorava muito quando estava sozinha, mas segurava as pontas na frente do meu esposo, filhos, e minha mãe, que não suportaria mais uma perda.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Maria - Meus filhos, com certeza. Não sabia como seria o tratamento, o quanto me ausentaria da convivência com eles.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Maria - Hoje quinze anos se passaram. Tive câncer colorretal, fiz cirurgia, quimioterapia, radioterapia fiquei dois anos com bolsa de colostomia. Passados 5 anos, tive câncer de pulmão, outra vez cirurgia no pulmão direito, 40 dias depois fiz no pulmão esquerdo, fiz quimioterapia, radioterapia, ficou tudo bem, em 2013, outra vez apareceu no lado direito, fiz cirurgia, mas rompeu-se uma artéria, e não foi possível retirar o tumor, fiz radioterapia, quimioterapia, e tive reações que resultaram em uma fistula retovaginal e estou com bolsa de colostomia novamente, e tudo se resolveu, e em 2016 mais uma vez no pulmão esquerdo, fiz radioterapia estereotaxia e semana passada acabei o tratamento (quimioterapia preventiva). 
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Maria - A quimioterapia, com certeza, essa última que fiz me tirava as forças.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Maria - Nesse ultimo tratamento, minhas mãos e pés davam choque no contato com qualquer coisa fria, cabelos caíram mas não todo, e como estou diabética, muita secura na boca. Em tudo que passei, o otimismo, a persistência, a perseverança, me ajudaram nessa luta, e cada vez que vinha um diagnostico, eu respirava fundo e pensava na vida que eu quero ter junto de meus filhos, e meu marido, que me drenam forças pra enfrentar tudo de cabeça erguida.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Maria - Confio piamente nas suas orientações, e tento seguir a risca.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Maria - Fora o oncologista, passo ainda em consulta com o proctologista, e o cirurgião torácico.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Maria - Não foi necessário, pois fiz RPG, com uma pessoa que usava técnicas de relaxamento, e isso me fez muito bem, fora que minha vida em família me ajudou muito.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Maria - Estou retomando aos poucos, com o fim dessa última quimioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Maria - Quando fiquei doente, já não trabalhava fora.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Maria - Não.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Maria - Voltar a fazer dança, só estou esperando a reversão da bolsa de colostomia, e viver bem sem que a doença volte.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Maria - Para não se desesperar, é uma fase. Hoje a medicina está muito avançada, e o mais importante é o diagnóstico no inicio da doença. O tratamento não é facial, mas necessário e fundamental.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Maria - Facebook
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Maria - Acho muito importante a pagina de vocês, as informações , não sei em que poderia opinar.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Maria - Acredito que a saúde em si deveria ter mais a atenção do governo, os hospitais em termos de atendimento são péssimos, falta de tudo nos hospitais.isso afeta quem precisa de cuidados por conta não só do câncer, mas outra doenças também. Como é possível diagnosticar precocemente, se cada consulta em hospital publico leva meses pra ser feita, é tudo muito demorado, e isso prejudica muito no tratamento do câncer.
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