[Câncer de Mama] Mara Cristina Pereira Trindade

Aprendendo com Você

• Essa entrevista foi preenchida em 20/04/2016

• Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Mara - Tenho 39 anos, sou casada, tenho um filho de 17 anos e uma empresa de tecnologia em Hardware, moro em Guarulhos, SP.
• Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Mara - Senti um nódulo no seio durante o banho e mais ou menos um mês depois procurei o médico.
• Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Mara - O nódulo crescia muito rápido e um carocinho logo se tornou bem maior, de formato irregular.
• Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Mara - Logo na mamografia já foi diagnosticado um nódulo de classificação BI-RADS 5 e a mastologista já adiantou todos os processos e exames para retirada do tumor.
• Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Mara - Medo, tristeza, a pergunta: porquê agora? porquê eu? o que eu fiz de errado? Como meu filho e meu marido ficarão quando eu morrer? Isso durou mais ou menos uma semana e aos poucos os pensamentos foram se organizando e aí foi a hora que corri atrás de informação fui estudar para entender o que estava acontecendo comigo e como podia tentar ir atrás da cura.
• Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Mara - Meu filho e meu marido.
• Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Mara - Realizei quadrantectomia da mama direita com esvaziamento de axila e hoje estou em tratamento quimioterápico serão 16 sessões e estou na terceira, tive que começar pela branca porque meus pontos cirúrgicos abriram dificultando e prolongando o processo de cicatrização.
• Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Mara - Até agora acho que é a quimioterapia, coloquei o cateter e também é um processo bem dolorido.
• Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Mara - Estou passando pelos efeitos colaterais e sei que muitos ainda virão, faltam 13 sessões de quimioterapia, mais a radioterapia.
• Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Mara - Com a mastologista foi mais próxima e me deixou bem tranquila, hoje a equipe de quimioterapia é que me acompanha mais uma vez por semana e estão sendo fundamentais para minha tranquilidade durante o tratamento.
• Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Mara - Ainda estou confusa se a psicóloga irá auxiliar no meu tratamento, mas estou fazendo o acompanhamento com ela durante as sessões de quimio.
• Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Mara - Agitada e conturbada, mas estou bem.
• Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Mara - Me afastei um pouco do serviço, mas não totalmente.
• Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Mara - Ainda não.
• Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Mara - Vencer o câncer e continuar meus projetos anteriores a doença.
• Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Mara - O caminho é difícil, mas se não trilharmos jamais conseguiremos superar os obstáculos e ir em busca de vencer a doença. Desistir sem lutar, jamais.
• Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Mara - Pesquisando sobre meu diagnóstico na internet.
• Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Mara - Só tenho elogios e agradecimentos.
• Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Mara - Deve ser dada prioridade aos casos de câncer, paciente oncológico não pode esperar por tratamento. A demora no diagnóstico e no tratamento causa uma dor física e principalmente psicológica nos pacientes e seus familiares que pode ser amenizada se não houver demora.