[Câncer de Ovário] Karina Souza

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Karina - Tenho 28 anos, futura estudante de enfermagem, solteira e resido em Guarulhos, Grande SP.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Karina - Através de um sangramento uterino anormal e de uma RM da pelve, no qual se constatou um tumor bordeline/cistoadenocarcinoma mucinoso no ovário direito.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Karina - O 1° sinal do câncer de ovário foi sangramento anormal em 2017. Depois, veio outro episódio ano passado e senti um inchaço no abdome.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Karina - Tive dificuldade com a ginecologista pra fechar o diagnostico. Ela não tinha pedido os marcadores tumorais e me mandou pro Onco. Ai, tive que marcar outro ginecologista e este pediu os marcadores e RM. Então veio a surpresa do diagnostico: neoplasia primaria mista, ou seja Cistoadenocarcinoma mucinoso. Os marcadores que aumentaram o tumor foram o CA 125 e CA 19.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Karina - Em choque. Senti uma tristeza enorme ao ver que fui contemplada com um tumor. Pensei em meus sobrinhos e no meu irmão cacula. Não sabia o que contar à eles...
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Karina - Com minha saúde.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Karina - Estou em remissão. Finalizei o tratamento em Dezembro 2018, iniciei em agosto 2018. Sigo fazendo acompanhamento oncológico por mais 4 anos. A cirurgia foi a parte mais complicada. Tiveram que retirar os linfonodos retroperitoneais por risco de eu ter Carcinomatose Peritoneal, alem de ter que retirar o ovário e a trompa direita afetados.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Karina - O pós operatório e administração de docetaxel + morfina pra dor na quimio. Tomei um ciclo como prevenção de recidiva.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Karina - Sim, docetaxel me fez dormir. Lidei com a medicação de boas, não vomitei. O que me ajudou na recuperação cirúrgica foi precisar dos cuidados da minha mãe.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Karina - Minha relação com Dr. Moisés foi fundamental. Meu ex-oncologista me deu suporte pra lidar com o fato de eu ter apresentado tumor.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Karina - Sim, com a cardiologista e o ginecologista. No caso do gineco, eu preciso ficar atenta ao ovário que sobrou. Já com a cardio, é pra lidar com problema cardíaco.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Karina - Fiz, tive uma coach que me ajudou a ter positividade no tratamento pré-cirúrgico e pós.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Karina - Minha vida após doença está melhor. O câncer me ensinou que a vida pode ser curta e que é importante viver.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Karina - Voltei a trabalhar após a doença.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Karina - Estudar enfermagem e oncologia. Pretendo ser enfermeira oncológica.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Karina - Busque apoio da família e amigos, eles são importantes. Eu os busquei quando precisei de forças pra lidar com isso... O câncer não veio para machucar, ele veio para ensinar. Tenha também apoio de grupos dos pacientes oncológicos e também do seu oncologista. Eles são importantes.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Karina - Através do Instagram e da Eve (Scarelli).
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Karina - Fale mais sobre importância do diagnose precoce da doença.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Karina - Senhores políticos, aprovem a lei dos 60 dias para o tratamento da doença no SUS e que mandem a Anvisa liberar imunoterápicos como Olaparib no Sus. O câncer não espera.
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