[Câncer de Mama] Juliana Fernandes Glauzer

Aprendendo com Você
Juliana Fernandes Glauzer
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Juliana - Tenho 36 anos, trabalho como Auxiliar Acadêmica na Universidade Paulista, não tenho filhos, sou amasiada, moro em São Paulo, capital.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Juliana - Fiz os exames de rotina em Outubro/2016, os quais estavam normais, mas em Novembro/2016, ao me tocar quando me deitei, notei um caroço muito rígido na mama esquerda.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Juliana - O único foi a presença do caroço na mama.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Juliana - A maior dificuldade foi com relação a disponibilidade que o convênio oferece a nós, pacientes, para realização de exames como a biópsia e a mamografia, que nesse caso não poderia ser a convencional e sim a digital, mas devido a idade eles não poderiam liberar.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Juliana - Foi como se tivessem roubado meu chão. Afinal, não tem como não pensar em câncer e não pensar no pior. Pensei nos filhos que não tive, na faculdade que não terminei, no meu relacionamento, que eu poderia vir a morrer, enfim, foi um turbilhão de sentimentos.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Juliana - Minha maior preocupação foi ir atrás de tratamento, uma vez que a cura não existe, então que pudesse ser tratado da melhor forma possível.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Juliana - Estou em tratamento desde Abril/2017, exatamente próximo de fazer a décima quarta sessão de quimioterapia. O angiologista recomendou que fosse feita a quimioterapia primeiro, para que assim o tamanho do tumor diminuísse e a cirurgia fosse menos invasiva. No meu caso, o tumor já diminuiu 70% com o tratamento, o que deixou todos muito felizes e esperançosos.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Juliana - Hoje, por ter feito somente a quimioterapia, acredito que a "vermelha" seja mais agressiva do que a "branca", devido aos enjôos, náuseas e a sensibilidade com relação a cheiro (gordura, café, perfume, etc).
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Juliana - Durante a quimioterapia branca, meus cabelos caíram, minhas unhas escurecerem, senti muita fome, falta de sono, secura, inchaço e tive espinhas. Com os cabelos, era algo que sabia que ia acontecer, então desde o início do tratamento fui cortando aos poucos, para sentir menos a sua perda. Com as unhas, não fico sem esmalte, pois não gosto de olhar para elas assim. Com a fome, fazia refeições de 3/3 horas, com muito legume, verduras e pouca carne. Não ficava sem frutas e sucos naturais, o que me ajudou a manter minha imunidade normal para as próximas sessões. Com a secura e as espinhas, procurei um dermatologista para que pudesse usar o hidratante certo, principalmente para o rosto, que ficou muito sensível. Com o inchaço não se tem muito o que fazer, pois é devido aos corticóides da medicação.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Juliana - A relação com o médico sempre se deu de forma muito humana, prestativa e atenciosa, nunca deixando de ser direto no que é preciso.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Juliana - Com neurologista, pois tenho epilepsia, com dermatologista, para reações que surgiram na pele, após o início do tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Juliana - Não.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Juliana - Quase normal.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Juliana - Neste momento estou afastada do trabalho, por conta do tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Juliana - Nossos direitos não são muitos. Estou afastada do trabalho por auxílio doença, não tive interesse em retirar meu fundo de garantia e o benefício que temos para comprar um automóvel, seria mais interessante se fosse para comprar um imóvel, pois não podemos morar em um carro.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Juliana - O primeiro é retomar minha rotina, voltar a trabalhar. E depois, viver um dia de cada vez, sem muitos planos para o futuro.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Juliana - Eu diria que esse não é o fim, mas sim uma oportunidade para para começar a ver tudo de outra maneira. E principalmente, o sucesso do tratamento depende único e exclusivamente de nós.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Juliana - Através do Google, pesquisando sobre meu tipo de câncer.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Juliana - Só tenho que parabenizar.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Juliana - Deveriam ter um "olhar" mais emergencial com esse tipo de doença, que é tão agressiva e tem um longo tratamento. Que isso não deveria ser tratado como uma "virose", mas sim com a dimensão devida.
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