[Linfoma de Hodgkin] Jaysianne Santos De Vasconcelos

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Jaysianne - Eu sou formada em administração e pós graduada em gestão estratégica de pessoas, solteira sem filhos, tenho 32 anos.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Jaysianne - Eu descobri em fevereiro de 2011, depois de uma bateria de exames solicitados pelo médico cirurgião de cabeça e pescoço.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Jaysianne - Apresentei os sintomas um ano antes do diagnóstico, que foi confundido com dengue, depressão, estafa mental e outras coisas mais. Foi muito difícil descobrir essa foi uma das fases mais difíceis.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Jaysianne - Emergências despreparadas, tipo nem um hemograma se pedia. Logo se fazia o achismo e não era hospital público sim hospital renomados.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Jaysianne - Fiquei morta viva, arrasada para ser mais certa. Até porque nunca tive contato com alguém com o diagnóstico de câncer, pra mim câncer era um só, não tinha tipos. Então de imediato não quis saber de nada, porque me revoltava eu fui atrás de ajuda e tipo se agravou minha situação por eu não ter tido o diagnóstico precoce. Depois de um mês fui saber e entender o que era linfoma de hodgkin. Para entrar na guerra sabendo que era meu inimigo.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Jaysianne - Lutar e lutar para não perder tempo. Além do que já tinha perdido.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Jaysianne - Estou em tratamento desde de 2011, foi de imediato o começo do tratamento como estava no grau 3. Foi intenso quimioterapia e radioterapia o ano inteiro. Em 2012 tive a remissão até o mês de outubro 2013, quando em exames periódicos descobri que tinha voltado o linfoma no meu pericárdio foi difícil pois um diagnóstico raro, fui submetida a uma cirurgia cardíaca para biópsia ,depois de confirmado comecei tratamentos intensos internada no hospital, onde fiz tudo que tinha de protocolo para o tipo de câncer que apresentava e não conseguia respostas. Tentei transplante de medula antólogo não consegui as células suficientes, comecei um protocolo que tinha sido autorizado no Brasil onde ele estacionou o câncer, mas não acabou com ele enquanto eu estava na fila para uma medula óssea compatível. Enfim os ciclos da medicação acabou não surgiu meu doador aí minha médica conseguiu me encaixar em um programa de testes de um laboratório onde a medicação não foi desenvolvida para o tipo de câncer. Mas que hj ela conseguiu reverter tudo que as outras não tinha conseguido. Continuo em tratamento com esse inumiterapeutico, até o doador aparecer. Para enfim fazer o transplante e ter minha cura.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Jaysianne - O tratamento mais difícil para mim foi a radioterapia. Porque foi queimado meu esôfago, a lesão era por trás dele. Fiquei sem comer bem e sem falar bem no início das sessões.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Jaysianne - Radioterapia tive glândulas salivares queimadas então fiquei sem saliva, então foi um ano usando saliva artificial. Quimioterapia os enjoos dava uma aliviada comendo algumas frutas cítricas.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Jaysianne - A minha relação com o meu oncologista é de pai para filha, depois de Deus é ele aqui na terra todo o respeito e admiração por ele. E amizade para vida inteira, resumindo um anjo aqui na terra. Posso falar do mesmo jeito da minha hematologista uma mãezona, na minha vida. Luta pelo melhor tratamento e muito acolhedora minha anja.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Jaysianne - Me relacionei com cirurgião de cabeça e pescoço, radioterapeuta, cirurgião torácico todos uns anjos, humanizados não tenho o que falar.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Jaysianne - Faço acompanhamento psicológico até o dia de hoje, meu psicológico é ótimo porque ela me ajuda muito em todos os aspectos da minha vida além do tema tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Jaysianne - Minha vida hoje, faço ela o mais dinâmica possível. Apesar de não estar trabalhando a tempo estudar não tenho como ainda, porque já tentei começar algum estudo e sempre acontece algo no meu estado de saúde para que eu não possa concretizar. Estava ansiosa para o dia do transplante, tinha aparecido um doador tudo certo para ele fazer os exames para vê o estado de saúde dele e o mesmo sumiu, desistiu de doar. Então hoje estou me recuperando desse baque, para retomar a minha campanha.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Jaysianne - Parei de trabalhar, mais tenho trabalhos sociais, dou palestras em colégio, faculdades, cras, igrejas e empresas.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Jaysianne - Sim, transporte gratuito, auxílio doença no INSS.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Jaysianne - Quero viver, trabalhar, estudar e ter uma vida normal. Simples e com qualidade.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Jaysianne - Viva a vida. Não se abata com o diagnóstico do câncer, eu se tivesse parado minha vida eu teria perdido muito momento especial principalmente a demonstração e o amor das pessoas que me amam de verdade. Lute sempre, nunca pare de lutar pela sua vida.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Jaysianne - Uma amiga, que venceu o câncer me marcou em uma rede social.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Jaysianne - Continue sempre com esse trabalho lindo, quebrando paradigmas.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Jaysianne - Mais saúde, para nós principalmente para os pacientes do SUS, tratamento digno para vencer essa doença. Outra menos burocracia na hora de conceder um benefício do INSS, parece que a pessoa tá mentindo. E também cair em cima de planos de saúde, porque eles estão pintando o Sete e bordando o oito com pacientes oncológicos.
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