[Câncer Colorretal] Isis Carla Negraes

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Isis - Sou brasileira, divorciadas, tenho 45 anos, sou servidora pública federal e tenho duas filhas adolescentes (18 e 17 anos).
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Isis - Após uma cirurgia de hérnia de disco decidi verificar o que estava acontecendo com aquilo que imaginei fosse minha hemorroida, porque tinha sangramento, sempre, ao evacuar, com quase nenhuma dor, mas com endurecimento das fezes. Ao fazer exame de toque proctológico a médica logo suspeitou mas, sem me disser naquele momento, determinou o exame de colonoscopia que constatou a existência de 13 pólipos, 12 retirados e o último, a 05 cm do reto, com 04 cm já, era um carcinoma.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Isis - Não.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Isis - Foi tudo muito rápido, o exame foi concludente.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Isis - Assusta, triste, de fato, apavorada. Pensei em como enfrentar a doença e na forma mais rápida de eliminá-la. Como contar de imediato para os familiares e as providências a tomar. Chorei bastante e muito mais, e corri para marcar os exames determinados e consultas com os especialistas que me foram indicados.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Isis - Aceitar a doença e a cura. Não deixar nada para traz, resolver as pendências. Ser rápida e ter coragem.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Isis - Já finalizei. Como tudo aconteceu muito rápido, ainda que com algumas indisposições com o plano de saúde e como, no início, me foquei em resolver pendências pessoais, passei por tudo com certa tranquilidade até a cirurgia, que ocorreu após 25 sessões de radioterapia (todos os dias de segunda a sexta-feira) e 10 de quiometarapia (cinco junto às primeiras sessões de rádio e cinco com as últimas). O período pós operatório foi o pior, e as 04 sessões de quimioterapia foram mais difíceis, dada a debilidade do organismo. A utilização da bolsa de ileostomia não é fácil.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Isis - O período de espera dadas as incertezas.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Isis - Tive infecção, fístula retovaginal e uso bolsa de ileostomia espero que provisoriamente, minha cirurgia ocorreu em outubro de 2014, estamos em junho/2015. O que ajudou foi buscar respostas médicas, às vezes contrárias, seguir os tratamentos e muita fé. Manter-se ativo é muito bom, ainda que precise achar atividades diferentes das rotineiras.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Isis - Boa, procuro perguntar tudo e tirar dúvidas, ele se mostra aberto e super sincero.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Isis - Sim, psicólogos, para cuidar do emocional; nutricionista, proctologista, para apoio técnico e emocional, já que foi ela quem descobriu a doença e fez os encaminhamentos médicos e meu clinico geral, grande amigo.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Isis - Conversar é sempre bom, o suporte emocional é importantíssimo porque há momentos em que a gente fica triste e se descontrola.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Isis - Estou tentado restabelecer a rotina profissional e me adaptar com a utilização da bolsa de ileostomia, além de emagrecer porque estou com sobrepeso e isso prejudica a situação como um todo. A ideia principal e dar tempo ao organismo para recuperar da fístula (abertura entre o intestino e a vagina por onde escoa fezes quando acumuladas)
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Isis - Tentando retornar ao trabalho.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Isis - Só a questão do afastamento do trabalho e fornecimento de bolsas de ileostomia. busco a isenção da retenção de IR. Não sei se teria outros. Li a lei mas fiquei confusa pois acredito que se refere apenas aqueles que são aposentados em virtude da doença ou sofre restrições físicas (amputações e tal).
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Isis - Restabelecer a saúde e ficar livre da bolsa de ileostomia, emagrecer e continuar vivendo bastante.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Isis - Chore mas não deixe de procurar ajuda o mais rápido que puder. Inicie o tratamento, tem cura.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Isis - Através de busca na internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Isis - Promoção de encontros e convênios com associação já existentes nas localidades para troca de informações. Indico o setor de ostomiados do SUS aqui em Juiz de Fora onde resido.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Isis - Campanhas de divulgação sobre os vários tipos de canceres, assistência social mais efetiva com o aumento do número de pessoal na área de saúde, divulgação da cura do câncer, investimento em pesquisa.
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