[Câncer de Mama] Gisele Rodrigues De Oliveira

Aprendendo com Você
Gisele Rodrigues de Oliveira
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Gisele - Sou a Gisele, sou psicóloga, trabalho com crianças e tenho 36 anos, sou casada e tenho uma filha canina que mais parece uma cabrita!!! rsrs Moro em Ivaiporã, interior do Paraná.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Gisele - Em 2014 senti um pequeno caroço na mama direita. Fui ao meu ginecologista e ele solicitou um ultrassom e mamografia que não indicaram uma alteração significativa, foi sugerido o controle semestral. Em maio de 2015 realizando novamente os exames meu medico observou que o nódulo havia crescido e me encaminhou a mastologista que sugeriu a realização de uma ressonância e uma core biopsia. Durante a realização desses exames a medica observou que o aspecto do nódulo estava irregular e aí eu já comecei a desconfiar que houvesse algo errado...
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Gisele - O primeiro sintoma foi o nódulo que era palpável... Antes do diagnóstico que foi carcinoma ductal in situ observei perda de peso e aumento na queda de cabelo, mas não sei se estes fatos tem relação com a doença.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Gisele - Não tive dificuldade para fechar o diagnostico, na verdade este processo durou menos de dez dias entre a realização da ressonância e da biopsia.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Gisele - Quando o resultado da biopsia e ressonância saiu a medica pediu para que eu comparecesse urgente a uma consulta fora de seu consultório com acompanhante...puxa...depois de perceber o aumento no tamanho do nódulo, a observação da medica que fez a biopsia e a necessidade de uma consulta acompanhada... juntei as peças e depois disso tudo ficou claro. Lembro que peguei os exames na clinica e fiquei eles nas mãos por três horas e não tive a coragem de abri-los... Na espera da consulta eu pensava em mil coisas... Questionava: será? Porque comigo? até que pensei: e porque não poderia ser comigo? Quando a médica nos chamou eu entrei com o coração apertado e quando ela começou a conversar conosco foi muito cuidadosa ao dar a noticia, nos disse que iríamos conversar sobre tratamento e não sobre morte. E essa abordagem foi extremamente determinante para a condução de todo o tratamento. Não chorei, acho que fiquei em choque...tive muita dificuldade em contar para pessoas, fiquei perdida quanto as questões profissionais e não tinha noção do que poderia acontecer dali para frente...
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Gisele - Naquele momento a minha maior preocupação era como dar a noticia para minha família... moro distante deles e não queria dar a noticia por telefone. Na verdade eles só tiveram noção de todo o quadro um dia antes da cirurgia, quando minha mãe já estava em minha casa. Lembro que não me preocupava com o tipo de tratamento, já que isso só seria determinado após a cirurgia que a principio seria uma mastectomia e acabou sendo uma quadrantectomia.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Gisele - Meu tratamento finalizou-se em novembro de 2015. Além da cirurgia fiz 25 sessões de radioterapia. Na ocasião sentia cansaço e tive que cuidar da hidratação da pele. Aprendi a fazer artesanato para ocupar o tempo e tentava ficar tranquila.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Gisele - Acredito que deve ser a quimioterapia, pelos efeitos colaterais que causa.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Gisele - Meu tratamento finalizou-se em novembro de 2015. Além da cirurgia fiz 25 sessões de radioterapia. Na ocasião sentia cansaço e tive que cuidar da hidratação da pele. Aprendi a fazer artesanato para ocupar o tempo e tentava ficar tranquila.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Gisele - Minha relação com o oncologista foi tranquila, ele mostrou-se acessível e esclareceu todas as minhas duvidas.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Gisele - Devo acrescentar que a relação que tenho com a mastologista é mais próxima e sempre que tenho duvidas a procuro.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Gisele - Durante o tratamento não fiz acompanhamento psicológico, pois optei por fazê-lo no estado de São Paulo e ficar mais próxima a minha família. Mas senti falta desse espaço para trabalhar minhas duvidas e anseios.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Gisele - Atualmente tentei voltar ao mais próximo da minha rotina. Voltei a fazer acompanhamento psicológico e tento levar a vida com mais leveza. As vezes me sinto um pouco cansada...mas é vida que segue!!
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Gisele - Parei de trabalhar apenas durante a realização do tratamento. Hoje tento diminuir um pouco a carga que minha função exige.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Gisele - Durante o tratamento utilizei meu FGTS.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Gisele - Ah meus projetos? Deixei-os de lado... Escolhi os de Deus!! Na ocasião da descoberta estava fazendo tratamento para engravidar... Ainda não perdi as esperanças...
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Gisele - O diagnostico é assustador, mas reproduzirei a mensagem que recebi de uma parceira do Oncoguia: Tenha fé, força e coragem...Sempre!!
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Gisele - Conheci o Oncoguia na internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Gisele - Continuem a compartilhar experiências, informações além de carinho!
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Gisele - Na época que fiz as sessões de radioterapia percebi a escassez de aparelhos de diagnostico, tratamento. A prevenção é importante mas para isso as políticas publicas devem investir de fato na implementação de uma estrutura decente igualitária.
Multimídia

Acesse a galeria do TV Oncoguia e Biblioteca

Folhetos

Diferentes materiais educativos para download

Doações

Faça você também parte desta batalha

Cadastro

Mantenha-se conectado ao nosso trabalho