[Câncer de Pele Melanoma] Emanuel Santiago Silva

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Emanuel - Tenho 60 anos, sou eng. civil, 3 filhos, casado e moro em Aracaju, Sergipe.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Emanuel - Em 1995 foram retirados 4 sinais por recomendação do médico dermatologista, mas na biópsia apenas em 1 deles (no peito esquerdo) deu "melanoma nível de Clarckson 2". Não fiz nenhum tratamento porque não foi recomendado.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Emanuel - Somente no final de 2008 (outubro) senti uma espécie de caroço na axila esquerda. Fiz uma ultrassonografia e a mesma mostrou que haviam 4 caroços pequenos, mas não souberam me dizer o que eram. Fui a um mastologista me submeter a uma punção (não saiu líquido) mas com o material coletado foi feita biópsia que também não conseguiu identificar do que se tratava.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Emanuel - Umas duas ou três semanas após esta punção, tive que me submeter a uma cirurgia para retirada dos caroços (que tinha se transformado em um só e que já estava do tamanho de uma laranja). A biópsia deste material diagnosticou "melanoma metastático" em todo o material analisado.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Emanuel - Me senti arrasado e desesperado, pois na minha ignorância, por se tratar de metástase, pensei que todos os órgãos estivessem comprometidos e eu não tivesse mais alternativa.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Emanuel - Começar imediatamente o tratamento que fosse possível. Mas comecei mal (começo de 2009), pois o médico que iniciou o meu tratamento de quimioterapia errou em um dos medicamentos (ao invés de atacar o tumor, ele o alimentou, pois continha cortisona). Depois de 6 sessões de quimioterapia, fiz o primeiro PET/CT que mostrou que o tumor havia reaparecido, agora nas duas axilas.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Emanuel - Resolvi fazer o meu tratamento em São Paulo (moro em Aracaju) e assim estou fazendo desde novembro de 2009, quando enfrentei a minha segunda cirurgia para retirada dos nódulos (linfonodos) nas duas axilas. Comecei pelo tratamento mais agressivo, pois era o que havia disponível, com bio-químio, interleucina 2, interferon e em seguida as drogas mais direcionadas para a doença, como o zelboraf 240 mg, tafinlar + meknist, Yervoy(4 seções) e nivolumab.Vou começar a tomar o nivolumab combinado com Yervoy, pois o último PET/CT que fiz (25/04) mostrou que o tumor ainda se encontra no mediastino.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Emanuel - Foram as bioquímios e interleucina 2, devido aos efeitos colaterais.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Emanuel - Sim,vários. No período das bioquímios e interleucina 2, precisei ficar internado vários dias tratando dos efeitos colaterais. Pensei em ter depressão, mas a minha fé em Deus, que sempre foi muito grande, me ajudou a superar essa fase.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Emanuel - Muito boa e tudo é dito por ele sem esconder nada.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Emanuel - Além do meu oncologista, o único contato que tive foi com os meus cirurgiões.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Emanuel - Não. Eu creio e me apego na minha fé em Deus, pois tenho certeza que essa guerra eu vou ganhar.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Emanuel - Tranquila com sempre foi. Problemas todos nós temos e eu procuro pensar sempre nas coisas boas da vida.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Emanuel - Atualmente estou aposentado, tenho só 60 anos. Nunca deixei de trabalhar por conta disso (essa luta já dura 7 anos).
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Emanuel - Sim, para conseguir judicialmente que o meu plano de saúde bancasse o meu tratamento (exames e medicamentos) que é caríssimo.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Emanuel - Ficar curado e poder realizar uma boa parte dos meus sonhos.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Emanuel - Não sinta que é o fim do mundo, pois não é. Se não tiver, procure ter fé em Deus e siga em frente sem dar espaço a pensamentos ruins. Nunca perca a fé e nem a esperança.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Emanuel - Através da Internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Emanuel - Continuem com o seu trabalho de informação e divulgação sempre atuais, pois esta doença infelizmente está se tornando cada dia mais comum.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Emanuel - Que possam dar mais prioridade à saúde como um todo e àqueles portadores de câncer, tudo de que eles necessitam (medicamentos e exames), pois é um tratamento muito caro. Vejam também junto aos fabricantes na possibilidade de baratear os medicamento para essa doença.
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