[Câncer de Ovário] E.F.O

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) E.F.O - Tenho 53 anos, sou Enfermeira, tenho 2 filhos, casada, moro em União dos Palmares, Alagoas.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? E.F.O - Sentia muitas dores nas articulações quando foi solicitada uma Cintilografia Óssea, onde confirmou processos inflamatórios, sugerindo uma Sacroileíte. Ao fazer uma RM da região Sacra Ilíaca, apareceu nas imagens um tumor gigantesco no meu ovário já comprimindo a bexiga e aderindo as alças do intestino. Sugerindo uma Neoplasia. Como profissional da Saúde e com histórico familiar, fazia exames periódicos, inclusive meus exames estavam com 1 ano de realizados.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? E.F.O - Comecei com um pouco de incontinência urinária, fiz um Estudo Urodinâmico, onde houve indicação de fazer um procedimento cirúrgico. Também senti falta de apetite, achando eu que não me alimentava bem pelo estresse do trabalho. Fora isso não sentia mais nada que pudesse suspeitar de câncer, até mesmo porque meus últimos exames (US Pélvica e RM de Abdome) foram todos normais.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? E.F.O - Na verdade o exame estava muito claro e, com o resultado do CA 125 alterado, confirmou mais ainda a suspeita de câncer. O resultado do Histopatológico deu Carcinoma de Pequenas Células e quando saiu o resultado do Imuno- Histoquímico deu Carcinoma Seroso de Alto Grau. Houve mudança só de protocolo do tratamento que eu já tinha iniciado.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? E.F.O - O primeiro choque foi quando peguei a RM que vi a suspeita de neoplasia. Há um sentimento de negação, me questionava se o exame não estava trocado, se não tinha havido erro do médico que laudou a ressonância. Depois com o histopatológico confirmando, você vê sua vida passar na sua mente e achar que não viveu nada, pensava na minha mãe que tem alzheimer e eu sou a cuidadora, nos meus filhos e todos que estavam a minha volta.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? E.F.O - Correr contra o tempo porque se o tumor cresceu tanto em 1 ano, ele deveria ser agressivo. E realmente o era, porque na cirurgia tinha parte do meu intestino delgado quase obstruído e teve que tirar uma parte dele, ficando ainda doença em atividade no reto e depois do PET apareceram nódulos no figado.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? E.F.O - Sim. Fiz a cirurgia e terminei o 6º ciclo de quimioterapia. Continuarei com a quimioterapia de manutenção e faço consulta com o cirurgião após fazer o PET.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? E.F.O - Todas as etapas são difíceis, porque você tem que vencer suas ansiedades, seus medos,tanto na cirurgia quanto na quimioterapia, depois vem avaliação do tratamento, se houve resposta, principalmente eu que estou com metástase hepática.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? E.F.O - Senti algumas reações e ficava sempre assustada porque a gente nunca sabe as possíveis reações que irão surgir. O que ajuda é a fé em Deus e acreditar que tudo passa e faz parte do processo. Eu vejo tudo como etapas do tratamento e em cada uma delas surgem muitas ansiedades e dúvidas.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? E.F.O - A melhor possível. A médica que me acompanha inspira muita confiança, esclarece todas as minhas dúvidas e não tenho dificuldade de comunicação com ela.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? E.F.O - Sim. Onde faço tratamento tem equipe multiprofissional. Faço acompanhamento com Cirurgião, Oncologista clínico, Nutricionista, Psicólogo e passei por Odontologista pra fazer avaliação bucal. Tem o farmacêutico também q dá as orientações sobre os efeitos colaterais no dia da quimioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. E.F.O - Sim. É imprescindível ter um acompanhamento desse profissional pra nos ajudar a assimilar melhor todas as descobertas, os medos, tristezas, poque sua auto estima é abalada e se cair em depressão ainda é pior porque não ajuda na recuperação. A gente se sente sem perspectiva de futuro, achando que a vida parou, principalmente eu que tinha uma vida muito corrida por causa do trabalho e responsabilidades.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? E.F.O - Enfrentando meu tratamento a cada etapa, com muita fé em Deus, vivendo só em função da recuperação da minha saúde.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? E.F.O - Parei de trabalhar por causa da doença.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? E.F.O - Entrei de licença a princípio, depois passei pela pericia do INSS no qual pediu minha aposentadoria.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? E.F.O - Quero viver o momento.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? E.F.O - Ter FÉ, FORÇA e CORAGEM. Se amparar na família e amigos que ajude com pensamentos e palavras positivas, de encorajamento.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? E.F.O - Pela internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? E.F.O - Manter sempre o site atualizado e enfatizar campanhas sobre Câncer de Ovário, que pouco é divulgado.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! E.F.O - Inserir como rotina os marcadores tumorais, nos casos de histórico familiar de câncer; divulgar com imagens e fotos de câncer p/ chamar a atenção mesmo da população. Os políticos que elegemos deveriam investir mais em políticas publicas voltadas pra saúde, garantir o acessos a população aos serviços de oncologia para agilizar mais rápido o diagnostico e tratamento precoce da doença.
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