[Câncer Colorretal] Claudia Regina Carlos Evaldt

Aprendendo com Você
Claudia Regina Carlos Evaldt
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Claudia - 46 anos, Advogada, tenho 3 filhos de 21, 17 e 17 meses (sim uma bebê!) , casada, de Gravataí -RS
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Claudia - Através de uma colonoscopia. Preocupei o médico pois estava evacuando várias vezes ao dia.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Claudia - Não tinha sintoma. Quando ele apareceu através da mudança de rotina das fezes, já estava em estágio IV
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Claudia - A biópsia do tumor deu negativa (pré-câncer) e o médico cirurgião saiu de férias e me deu os exames pré-operatórios. Recebi o de sangue e enviei para ele pois o CEA (até então eu nem sabia o que era) deu altíssimo. Ele disse para aguardar seu retorno. Neste meio tempo fiz a tomografia e eu estava super tranquila. Quando a busquei vi as palavrinhas terríveis " neoplasia " e "metástase hepática " . Correria geral, no outro dia já estava num consultório oncológico e com a requisição do PET-CT. Após o resultado foram feitas biópsias no fígado e mediastino. Resultados: adenocarcinoma /metástase hepática e linfático
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Claudia - Confesso que levei um bom tempo para processar tudo isso, afinal tenho uma família gigantesca com nenhum histórico da doença. Já fui organizando o funeral e preparando o tratamento rsrsrs. Senti que iria morrer se não fizesse alguma coisa. Fui atrás do melhor cirurgião, queria um fígado novo, queria um milagre, queria a cura e sobretudo queria VIVER.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Claudia - Tenho uma bebê e meu medo era de morrer e ela não saber quem eu era. Ela era minha maior força, mas ao mesmo tempo meu maior medo. Ela não pode ficar sem mim... não ainda. Confesso que entrei em pânico quando me dei conta do " câncer metastático " e " tratamento paliativo "... demorei um bom tempo para assimilar e compreender que hoje em dia isso não é mais uma sentença de morte. Há tratamentos, há excelentes profissionais, protocolos, e sobretudo, vontade de viver.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Claudia - Fiz 9 sessões de quimioterapia, sem previsão de término pois meu tratamento é paliativo.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Claudia - Da alma, com certeza! Só tenho experiência de quimioterapia, pois a cirurgia e a radioterapia foram descartadas, por ora. Não achei nenhum bicho de 7 cabeças. Vou para a sessão toda empolgada e confiante.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Claudia - Nas 4 primeiras quimios senti efeitos como enjoo, vômitos, choques, cansaços. Desde o início tenho a síndrome mão-pé. A partir da quinta já não tive quase mais nada, com a exceção das mãos e pés que continuam " pegando fogo” kkkk
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Claudia - Meu médico é um anjo, uma bênção. Super recomendo, pois é um profissional maravilhoso e muito humano.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Claudia - Sim. Com o proctologista e os cirurgiões que fizeram minha mediastinoscopia e a inserção do cateter. Também consultei com o radioterapeuta e cirurgiões digestivos.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Claudia - Faço terapia psicológica desde 2012 e continuei com a mesma profissional que me atende desde 2015 pois ela tem experiência oncológica. A clínica também fornece acompanhamento, mas a profissional que acompanha consegue me oportunizar um enfrentamento da doença, diagnóstico e relações afetivas.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Claudia - Agora estou mais tranquila, acompanho o crescimento de minha bebê em tempo integral. Estou vivendo num sítio e curtindo a paz e a natureza
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Claudia - Antes mesmo do diagnóstico eu já me encontrava em benefício previdenciário por adoecimento psiquiátrico - tenho bipolaridade. Continuo em benefício .
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Claudia - Quero ficar bem e montar um local de retiro para crianças de 6 a 12 anos para vivenciarem experiências lúdicas, desintoxicação da tecnologia e imersão em amor.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Claudia - Viva, viva e simplesmente viva. Agradeça e sinta-se grato por ter a oportunidade de viver e estar fazendo tudo para viver com qualidade e cercada de muito amor.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Claudia - Só agradecer pela oportunidade de expor minha história e compartilhar informações de suma importância a nós, pacientes oncológicos.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Claudia - Mais médicos, mais Leitos. Breve conclusão do centro oncológico do Complexo Hospitalar Conceição de Porto Alegre.
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