[Câncer de Próstata] Astor Giehl

Aprendendo com Você

• Essa entrevista foi preenchida em 24/08/2015

• Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Astor - Tenho 60 anos, trabalho como vendedor, tenho duas filhas, sou casado e moro em Pinhais, PR.
• Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Astor - Numa consulta de rotina, o médico diagnosticou um pequeno aumento de próstata, fiz o PSA e deu 3,5 comecei um tratamento com remédio por trinta dias que não surtiu efeito; troquei a medicação por mais sessenta dias, houve uma pequena melhora. Passei a fazer o PSA a cada seis meses e o mesmo continuava a aumentar, quando chegou a 7,5 fiz a biópsia e constatou Adenocarcinoma Acinar Usual.
• Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Astor - Não senti nada, apenas estranhei que não tinha mais ereções consistentes e que eram de curta duração, as idas ao banheiro também passaram a ser mais frequentes, porém não tinha dificuldade para urinar, essa foi uma das razões em procurar um urologista.
• Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Astor - Não tive dificuldades, foi muito tranquilo.
• Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Astor - Fiquei um pouco preocupado, mas não me perturbei pois meu irmão havia feito a cirurgia um ano antes e estava bem e isto me tranquilizou. Fiquei mais preocupado com a consequências que poderiam surgir no pós cirúrgico.
• Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Astor - Procurar informações sobre a doença e qual o melhor meio de tratamento.
• Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Astor - Eu operei em 13/12/2012 - prostatectomia radical.
• Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Astor - Não precisei de tratamento após a cirurgia.
• Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Astor - O efeito após a cirurgia e que me causa muito transtorno é a incontinência urinária que é bem acentuada, necessito usar fraldas continuadamente e a impotência sexual.
• Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Astor - Eu não tive nenhuma consulta com médico oncologista, apenas o médico que me operou. Depois de algum tempo fiquei receoso pois achei ele meio desinteressado em resolver meus problemas, principalmente na questão da incontinência, o Inss pediu um exame para saber o grau de incontinência e ele me disse que não precisava este exame e que eu deveria voltar ao trabalho, foi onde perdi o auxílio doença e com isto estou tendo que trabalhar com dificuldade pois preciso trocar as fraldas 3 a quatro vezes por dia o que me causa muito transtorno e constrangimento.
• Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Astor - Antes da cirurgia consultei mais 03 médicos urologistas para tirar dúvidas e eles também me orientaram no sentido de fazer a cirurgia.
• Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Astor - Estou com consulta marcada para o dia 27/09 com psiquiatra pois não ando me sentindo bem e estou em depressão.
• Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Astor - não estou muito bem psicologicamente em função das sequelas da cirurgia.
• Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Astor - Continuo, porém vou tentar afastamento pois estou tendo dificuldades no trabalho.
• Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Astor - Eu fiz o saque do PIS e FGTS.
• Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Astor - Pretendo ver a possibilidade de aposentadoria por invalidez mas não sei se isto é possível, estou aguardando o INSS retornar da greve para marcar uma nova perícia. Caso eles neguem vou apelar para a vias judiciais.
• Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Astor - Iniciar o tratamento o mais breve possível e se informar bem sobre o seu médico para saber se o mesmo é apto a proceder o tratamento.
• Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Astor - Através da web.
  
• Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Astor - Sim, indicar a possibilidade de tratamento das sequelas no caso da incontinência se existe tratamento alternativo para resolver o problema e onde procurar.
• Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Astor - Hoje no país a questão da saúde é critica em todos os setores é endêmico e de difícil solução. A saúde como um todo precisa de mais atenção.