[CÂNCER DE MAMA] Monica Cuono

Monica Cuono, diagnosticada com câncer de mama, nos enviou este depoimento a fim de dividir sua experiência e, quem sabe, ajudar outras pessoas que estejam passando pela mesma experiência.

Leia abaixo a história de Monica Cuono:

Para quem não me conhece eu sou Monica Cuono, psicóloga. Estamos comemorando o OUTUBRO ROSA, por isso eu não poderia deixar de dar aqui o meu depoimento. Eu sou uma ex-paciente oncológica. No primeiro semestre de 2010, após uma mamografia de rotina, eu fui surpreendida com um diagnóstico de câncer. O mastologista informou-me que a doença se instalara há, aproximadamente, um ano. Após inúmeros exames de rastreamento soube que estava no estágio 1. Melhor assim!

Passei por cirurgia de quadrante e retirada de quatro linfonodos, além de 33 sessões de radioterapia. Encerrei o tratamento em dezembro de 2010 e comecei o controle semestral, que faço até hoje. Foi leve perto do que eu assisto por aí. Mas foi o que me coube.

No período crítico, entre o diagnóstico e o final do tratamento, eu me submeti a uma psicoterapia especializada de apoio emocional e a algumas técnicas terapêuticas alternativas como Reiki, Terapia Prânica e Terapia de Cura Energética. Todas foram de grande valia. Sou grata a cada pessoa que cruzou o meu caminho, cada uma com sua especialidade e intenção amorosa e verdadeira de ajudar. Sou eternamente grata ao meu Mestre que ficou do meu lado de coração e alma em todos os instantes. O meu equilíbrio veio Dele.

Três anos se passaram. Neste tempo resolvi que deveria usar a minha formação de psicóloga com a minha vivência como paciente oncológica para ser útil no meio. Fui estudar e habilitar-me para ajudar as pessoas que passam por esta experiência dolorosa, de forma séria, ética, empática e comprometida.

Considero-me curada. Meu médico, na semana passada, confirmou isso. Como eu lidei com tudo? Primeiro, com muito stress, é claro! Como todos os que ouvem aquelas "palavras" do seu médico. Como administrei este stress? Simples: logo no primeiro dia eu parei, analisei, senti a situação e disse para mim mesma: ”farei tudo que estiver ao meu alcance para sair desta e sair bem. O que não estiver ao meu alcance, aceitarei.”. Assim, eu não passei os meus dias vivendo a doença instalada e sim a possibilidade da cura. Sabia que a partir deste divisor de águas, muitas coisas deveriam mudar na minha vida. Mudar? Creio que não seja a palavra certa. Muitas coisas deveriam ser RESGATADAS. Eu deveria resgatar-ME. Foi fácil? Não. Foi rápido? Não. Mesmo por que o processo de auto resgate é infinito.

Quando começamos não tem como parar. Temos que aprender uma lição que é intima e individual. Investir a nossa energia no autoconhecimento, na compreensão maior do porque as coisas acontecem. Relembrar qual é a música que em algum momento deixamos de cantar e isso nos tirou da rota, da missão, dando espaço para a doença. Resgatar nossos sonhos de coragem para obter a felicidade e os nossos objetivos grandiosos. Resgatar aquele brilho!

Tornei-me responsável pela minha doença e pela minha cura. Com o tempo eu aceitei profundamente que até poderia e posso morrer de câncer, mas que morrerei curada. Se é que me entendem. Pessoal, tudo é uma questão de estado mental positivo, de acreditar, de ausência de conflitos e reino de todas as possibilidades. Eu escolhi VIVER. E Bem Viver. E você?