Cirurgia para câncer de pulmão de não pequenas células

A cirurgia para remoção do tumor é uma alternativa terapêutica indicada para o câncer de pulmão de não pequenas células em estágio inicial. Sempre que viável, essa abordagem oferece a melhor chance de cura da doença.

Exames pré-cirúrgicos

Caso a cirurgia seja recomendada, os seguintes exames devem ser realizados previamente:

• Prova de função pulmonar. Avalia se o paciente manterá tecido pulmonar funcional suficiente após o procedimento.
• Eletrocardiograma e ecocardiograma. Analisam a saúde cardíaca.
• Exames laboratoriais. Verificam a condição geral de outros órgãos e confirmam se o paciente está apto para a cirurgia.
• Mediastinoscopia. Investiga a possível disseminação da doença para linfonodos próximos.

Tipos de cirurgia

Há diferentes técnicas cirúrgicas disponíveis para tratar o câncer de pulmão de não pequenas células:

• Pneumonectomia ou pneumectomia. Envolve a retirada completa de um pulmão, geralmente indicada quando o tumor está próximo ao centro do tórax.
• Lobectomia. Consiste na remoção de um lobo inteiro do pulmão afetado pelo tumor. 
• Segmentectomia ou ressecção em cunha. Nesse procedimento apenas parte do lobo é removido, sendo indicada quando a função pulmonar do paciente não suporta a remoção completa do lobo.
• Ressecção sleeve. Esse procedimento é realizado para o tratamento de tumores localizados nas vias aéreas dos pulmões, preservando ao máximo a função pulmonar e evitando uma pneumonectomia

O tipo de cirurgia a ser realizada depende do tamanho, localização do tumor e da condição pulmonar do paciente. Quando possível, os médicos podem optar por procedimentos mais amplos, como a lobectomia, para aumentar as chances de cura, desde que o pulmão esteja em boas condições.

Procedimentos para a cirurgia pulmonar

Existem duas abordagens principais para cirurgias pulmonares:

Cirurgia aberta (toracotomia)

Realizada por meio de uma incisão entre as costelas, cuja localização varia de acordo com a área do pulmão a ser removida.

Cirurgia torácica videoassistida (toracoscopia)

Indicada especialmente para o tratamento de tumores em estágio inicial, localizados na parte externa do pulmão. Este método utiliza pequenas incisões, reduzindo o tempo de internação e complicações em comparação à toracotomia. A taxa de cura é equivalente à cirurgia aberta.

• Cirurgia torácica videoassistida (toracoscopia). A toracoscopia é um procedimento indicado especialmente para o tratamento de tumores em estágio inicial, localizados na parte externa do pulmão. Este método utiliza pequenas incisões, reduzindo o tempo de internação e complicações em comparação à toracotomia. A taxa de cura é equivalente à cirurgia aberta.
• Cirurgia torácica assistida por robótica. Neste método, o cirurgião utiliza um sistema robótico para realizar a toracoscopia. Com o auxílio de braços robóticos, o procedimento é realizado por pequenas incisões, proporcionando maior precisão e acesso durante a operação. Os resultados em relação à dor, sangramento e recuperação são semelhantes aos da toracoscopia tradicional.

Possíveis riscos e efeitos colaterais

As complicações variam conforme a extensão da cirurgia e a saúde geral do paciente. Entre os riscos estão reações à anestesia, sangramentos, coágulos sanguíneos, infecções e pneumonia.

A cirurgia para câncer de pulmão é considerada de grande porte, e a recuperação pode levar semanas ou meses. Pacientes com boa saúde pulmonar geralmente retomam suas atividades normais, mesmo após a retirada de um lobo ou de um pulmão inteiro. No entanto, doenças não oncológicas relacionadas ao tabagismo, como enfisema ou bronquite crônica, podem agravar a falta de ar no pós-operatório.

Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Cirurgia Oncológica.

Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 29/01/2024, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.